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Elvis não morreu? Médico brasileiro que atendeu o cantor revela a verdade

O cantor foi socorrido pelo profissional mineiro Raul Lamim, em agosto de 1977

Elvis Presley, mundialmente conhecido como o Rei do Rock - Imagem: reprodução/Facebook
Elvis Presley, mundialmente conhecido como o Rei do Rock - Imagem: reprodução/Facebook

Mateus Omena Publicado em 26/06/2023, às 13h44


O médico Raul Lamim fez parte da equipe médica que realizou a autópsia no corpo de Elvis Presley, a quem ele descreveu como seu "ídolo", no Baptist Memorial Hospital, em Memphis, Tennessee (EUA).

O cantor foi encaminhado para esta unidade de saúde ao ser encontrado morto no banheiro de sua casa em 16 de agosto de 1977.

Na época, o mineiro fazia residência nos Estados Unidos. No dia em que Elvis morreu, ele disse que estava prestes a ir para sua casa, quando uma funcionária do hospital pediu para ele esperar, pois teria que auxiliar na necropsia do famoso.

Em entrevista à BBC, Lamim explicou que, a princípio, pensou "que fosse brincadeira, mas era realidade".

“Quando ela disse que o corpo era o do Elvis, achei que estivesse de brincadeira. Mas, quando vi carros da polícia e caminhões de TV estacionando do lado de fora, não tive dúvidas: havia acontecido algo de errado”.

O médico recordou que duas coisas chamaram sua atenção ao ver o corpo do cantor deitado sobre a maca: a boca entreaberta com a língua parcialmente para fora e a tonalidade azulada da pele e das mucosas, que ele disse serem indicativos de que o artista deve ter tido "grande sofrimento respiratório".

Em relação à causa da morte, o patologista alegou que é possível fazer apenas especulações a partir de seus conhecimentos médicos. "A gente pode especular, porque no exame de autópsia não se constatou nada que pudesse justificar a morte dele. Ele tinha sinais de que havia algum tipo de sofrimento respiratório pelo qual ele passou. Acredito que a causa de morte dele tinha tenha sido por problema de natureza respiratória, porque havia sinais, talvez por ação medicamentosa, coisas dessa natureza, que levaram a morte talvez por asfixia. Essa é a hipótese que a gente faz pelo aspecto físico".

Por outro lado, o médico rechaçou os rumores de que Elvis Presley teria sofrido overdose. Ele disse que "isso de overdose é lenda". "Estou falando com base no que foi encontrado nos registros médicos dele".

Lamim também criticou a teoria da conspiração de que Elvis não morreu. Ele confirmou que o Rei do Rock morreu naquela ocasião e disse ainda hoje, "quarenta anos depois, a sensação que fica é de espanto".

“Quando eu poderia imaginar que aquilo fosse acontecer? Nunca imaginei que, um dia, encontraria meu ídolo da juventude em uma mesa de necrotério. Uma pessoa tão idolatrada e, ao mesmo tempo, como outra qualquer”.

Como Elvis Presley morreu?

Na noite anterior à sua morte, Elvis não conseguiu relaxar, segundo relatos feitos em livros por biógrafos da vida do famoso. O artista passou a madrugada em claro, jogando squash (uma partida às 04h00 da manhã, em que se movimentou pouco), repassando músicas ao piano e beliscando guloseimas - o último lanche teria sido quatro bolas de sorvete e seis cookies de chocolate. Entre uma atividade e outra, ingeria calmantes.

Às 9h, quando sua noiva, Ginger Alden, segundo o livro autobiográfico que ela lançou em 2014, o cantor teria dito que ia ao banheiro para ler e nunca mais foi visto com vida.

Por volta das 14h, Ginger bateu à porta do banheiro. Como Elvis não respondia, abriu. O cantor estava caído, de bruços, sobre o carpete. Ao seu lado, o livro A Scientific Search for The Face of Jesus ("A busca científica pelo rosto de Jesus"), de Frank Adams, sobre o Santo Sudário, uma peça de linho com uma imagem de homem que seria Jesus.

Em seguida, o médico do cantor, George Nichopoulos, tentou reanimá-lo, aplicando massagem cardiorrespiratória. "Respire, Elvis, respire!", repetia. Nada. Logo, Joe Esposito, gerente de turnês do artista, chamou a ambulância.

Durante o trajeto até o Baptist Memorial HOspital, os paramédicos Charlie Crosby e Ulysses Jones Jr., que atenderam a chamada, repetiram o procedimento. Em vão. Às 15h30, no horário local, Elvis Presley foi declarado oficialmente morto.

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