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‘É insubstituível o papel do professor na sala de aula’, diz secretário estadual

O secretário estadual da Educação de São Paulo, Rossieli Soares, disse na manhã desta segunda-feira (2) que o papel dos professores em sala de aula é

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Redação Publicado em 02/08/2021, às 00h00 - Atualizado às 10h32


O secretário estadual da Educação de São Paulo, Rossieli Soares, disse na manhã desta segunda-feira (2) que o papel dos professores em sala de aula é “insubstituível” para o aprendizado e reforçou a necessidade do retorno presencial dos alunos.

“Se o filho não voltar às aulas, ele não vai conseguir recuperar a aprendizagem. É insubstituível o papel da professora, do professor, na sala de aula. A tecnologia pode apoiar, trazer algo a mais, dar suporte pra isso, que é o que a gente está fazendo, mas não dá para substituir nunca o que a gente tem. Por isso, esse retorno é fundamental, é o primeiro passo pra gente recuperar realmente a aprendizagem”, afirmou Rossieli.

O início das aulas do segundo semestre na cidade de São Paulo ocorre nesta segunda-feira (2) e terá escolas com até 100% dos alunos em regime presencial. Para funcionar com a capacidade máxima, as unidades precisam garantir o distanciamento mínimo de 1 metro entre as carteiras. O uso de máscara por parte de estudantes e funcionários continua obrigatório.

As escolas que não conseguirem respeitar o distanciamento com todos os alunos presentes podem adotar esquema de rodízio para atender presencialmente todos os matriculados. Segundo Rossieli, todas as escolas do estado estão preparadas para o retorno presencial nesta segunda, com itens de higiene, distanciamento entre alunos e orientação dos funcionários.

Por enquanto, o retorno não é obrigatório e os pais devem decidir se os filhos voltam às escolas ou continuam com ensino remoto devido à pandemia de coronavírus. No entanto, Rossieli disse que neste mês será discutido um possível retorno obrigatório para o mês de setembro. A definição vai depender das condições de saúde determinadas pelo avanço da Covid-19 no estado e aumento da vacinação.

Ainda não há um balanço da quantidade de escolas estaduais que retomam com 100% de ensino presencial nesta segunda.

“São mais de 5 mil escolas. A grande maioria das escolas está girando em torno de 70% a 80% dos alunos com interesse de retorno e varia um pouco da condição física [da escola] para manter o espaçamento”, afirmou ele.

Quanto ao aumento da evasão escolar que deve ocorrer por conta da pandemia, Rossieli disse que os cerca de 20 mil pais contratados para trabalhar nas escolas na retomadas das aulas irão ajudar a buscar ativamente os alunos, já que conhecem a comunidade onde vivem, o que facilita o contato com os familiares.

“Nós temos um problema sério de possibilidade de evasão e neste retorno é que a gente vai conseguir enxergar o tamanho do problema, porque a gente dando toda a oportunidade para que o aluno possa recuperar, tem todo um esforço da escola, dos profissionais da educação em manter o vínculo do estudante na atividade a distância. E, agora com o retorno, esse vínculo será maior consolidado para aqueles que voltarem.”

68 cidades não irão retornar presencialmente

Nesta segunda de volta às aulas presenciais, Rossieli disse que 68 cidades do estado têm decretos municipais que ainda impedem o retorno presencial.

“Fica aqui meu apelo aos prefeitos para que parem e pense nas crianças, parem e pensem um pouco nessas prioridades, porque a maioria dessas cidades tem bar aberto, tem restaurante aberto, tem tudo aberto, mas estão com decretos que não fazem sentido proibindo a escola”, disse o secretário.

Rossieli disse que são municípios pequenos, que somados representam 91 mil alunos do estado – 3% das matrículas. “Mas pra gente é importante que eles tenham o mesmo direito que os outros têm de ter atividades presenciais”, afirmou.

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G1

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