Setor de eletrônicos no Brasil registra queda de 6% no faturamento em 2023

O setor de eletrônicos no Brasil encerrará o ano de 2023 com um faturamento 6% abaixo do esperado, totalizando R$ 204,4 bilhões, de acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee). A entidade atribui essa queda ao impacto da pandemia, que levou a uma antecipação de compras de produtos eletrônicos, principalmente celulares, durante o período.

O presidente da Abinee, Humberto Barbato, em entrevista à Jovem Pan News, destacou que cerca de 20% do mercado de celulares é abastecido por aparelhos contrabandeados, vendidos principalmente pela internet. Ele ressaltou a perda de empregos e arrecadação para o governo devido a essa prática, enfatizando que os marketplaces facilitam a venda desses produtos ilegais ao consumidor, muitas vezes com publicidade explícita sobre a ausência de garantia e preços mais baixos.

Diante desses impactos, a Abinee tem buscado soluções junto ao Governo Federal. Conversas foram realizadas com autoridades, incluindo o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e o ministro das Comunicações, Juscelino Filho. Barbato mencionou que o governo prometeu intensificar a vigilância nas fronteiras e nos marketplaces, sendo que alguns desses últimos não têm assumido compromissos e podem enfrentar multas.

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“O governo tem prometido aumentar a vigilância, tanto na fronteira, quanto do comercializador, que são os marketplaces (…) O problema é que alguns marketplaces não estão assinando por hora e provavelmente serão multados por não assumirem esse compromisso”, aponta Barbato.

Para 2024, a expectativa da Abinee é um aumento modesto de 2% no faturamento do setor. Apesar de considerar a elevação tímida, a entidade demonstra otimismo em relação às medidas econômicas adotadas, como a redução da taxa básica de juros (Selic).