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Ministro defende ‘segurar um pouco’ reajustes para servidores federais

Responsável pela articulação política do Palácio do Planalto com o Congresso Nacional, o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, afirmou nesta

Ministro defende ‘segurar um pouco’ reajustes para servidores federais
Ministro defende ‘segurar um pouco’ reajustes para servidores federais

Redação Publicado em 22/08/2016, às 00h00 - Atualizado às 18h45


Geddel Vieira Lima deu declaração após almoço com Temer e deputados.
Governo deve enviar Orçamento de 2017 ao Congresso até 31 de agosto.

Responsável pela articulação política do Palácio do Planalto com o Congresso Nacional, o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, afirmou nesta segunda-feira (22) que é preciso “segurar um pouco” os reajustes para servidores públicos federais. Ele deu a declaração após ser questionado se a proposta de Orçamento para 2017, que será enviada nos próximos dias ao Congresso, irá prever reajustes salariais ao funcionalismo.

Geddel participou, no início da tarde, de uma reunião-almoço na residência oficial do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que contou com a presença do presidente em exercício Michel Temer e líderes da base aliada.

Ao longo dos três meses em que Michel Temer está no comando do Planalto, o Congresso aprovou reajustes a algumas categorias de servidores com o aval do peemedebista.

Apesar de ter proposto ao Legislativo um pacote de ajuste fiscal para tentar reequilibrar as finanças federais, que devem atingir um rombo de R$ 170 bilhões neste ano, o governo tem dito que apoiou os aumentos porque eram compromissos já assumidos na gestão da presidente afastada Dilma Rousseff.

Um dos reajuste aprovados pelos congressistas e sancionado por Temer concedeu aumento de até 41,47% nos salários dos servidores do Judiciário e aumento salarial de 12% para analistas e técnicos do Ministério Público da União.

“O que passou, passou. Agora, o momento é de segurar um pouco essa questão de reajustes. O país precisa aprovar suas reformas estruturantes, precisa sinalizar claramente o compromisso com o combate ao déficit público e com a austeridade fiscal. Esse é o nosso sentimento nessa hora”, disse o titular da Secretaria de Governo.

Orçamento 2017
Segundo Geddel, o Orçamento de 2017 não chegou a ser discutido no almoço entre Temer e os líderes da base governista.

Na reunião, contou o ministro, foram discutidos projetos de interesse do governo que o presidente em exercício quer aprovar nos próximos meses, como a Desvinculação das Receitas da União (DRU), que autoriza o governo a utilizar livremente parte da arrecadação.

Pelo relato do titular da Secretaria de Governo, Temer chegou a fazer um “apelo” aos deputados por “engajamento” da base aliada nas votações de interesse do Palácio do Planalto.

Conforme o G1 apurou, a equipe econômica deverá finalizar nos próximos dias a proposta de Orçamento para o ano que vem e a expectativa, segundo interlocutores do governo, é de que o documento não preveja aumento de tributos. A proposta, porém, poderá trazer corte de despesas em relação ao estimado anteriormente.

Para o próximo ano, o governo já anunciou a meta de que o déficit primário (despesas acima de receitas, sem contar juros da dívida pública) fique em até R$ 139 bilhões para as suas contas – o segundo maior da série histórica, que tem início em 1997.

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