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COMBUSTÍVEL

Mesmo com diesel em falta, presidente da Petrobras diz que estatal "passou no teste"

Medida visava reduzir o risco de desabastecimento em território nacional

Presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. - Imagem: Reprodução | Rodrigo VIANA / AGENCIA SENADO
Presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. - Imagem: Reprodução | Rodrigo VIANA / AGENCIA SENADO

Marina Roveda Publicado em 17/08/2023, às 08h28


O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou ontem (16) que a nova política de preços da empresa foi considerada bem-sucedida, apenas um dia após o anúncio de um aumento nos preços dos combustíveis. Durante uma audiência conjunta das Comissões de Infraestrutura e Desenvolvimento Regional do Senado Federal, Prates explicou os detalhes do novo modelo de precificação dos combustíveis. Ele ressaltou que o objetivo central desse novo método é tornar o preço final mais justo para os consumidores, diminuindo os impactos das flutuações do mercado global.

Prates defendeu a eficácia desse novo modelo, que envolve uma equação complexa com mais de 40 mil variáveis. Essa metodologia permite simular a melhor forma de abastecer cada região, considerando fatores como o tipo de combustível e a refinaria mais próxima. Ele destacou que a Petrobrasutiliza esse método há décadas e está comprometida em empregá-lo para determinar os preços de maneira mais equitativa.

O anúncio do aumento nos preços dos combustíveis nas distribuidoras foi feito pela Petrobras no dia 15 de julho. O preço médio da gasolina subiu R$ 0,41 por litro, enquanto o diesel teve um aumento de R$ 0,78. Essa medida foi motivada pela preocupação com o risco de desabastecimento no Brasil. Uma situação em que o preço interno da gasolina e do dieselestava abaixo dos preços internacionais incentivou a redução das importações por parte das empresas. Como resultado, as reservas de combustíveis, principalmente de diesel, diminuíram ao longo de três meses.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, havia declarado que não havia risco de desabastecimento e que as restrições na oferta eram casos pontuais. No entanto, pouco tempo após essa declaração, a Petrobras anunciou o reajuste nos preços. A decisão da empresa de ajustar os preços foi tomada para equilibrar a oferta e demanda de combustíveis no país, visando garantir um fornecimento estável.

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