Embora o governo tenha decidido substituir o Bolsa Família pelo Auxílio Brasil, o Conselho de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas (CMAP) avaliou,
Redação Publicado em 30/10/2021, às 00h00 - Atualizado às 11h02
Embora o governo tenha decidido substituir o Bolsa Família pelo Auxílio Brasil, o Conselho de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas (CMAP) avaliou, em agosto deste ano, que o programa encerrado nesta sexta-feira (29) “conseguiu com sucesso reduzir a pobreza no Brasil de modo significativo”.
Esta sexta-feira (28) foi o último dia de pagamento de parcelas do Bolsa Família, criado em 2003 e revogado pelo governo por meio de medida provisória. A mesma medida instituiu o Auxílio Brasil — previsto formalmente para ter início em novembro.
Fim de uma era: Bolsa Família faz último pagamento hoje
O CMAP, cuja finalidade é avaliar as políticas públicas, é coordenado pelo Ministério da Economia. A Casa Civil, vinculada à Presidência da República, e a Controladoria Geral da União (CGU) também integram o conselho.
Veja as diferenças entre o Bolsa Família e o Auxílio Brasil
Na avaliação sobre o Bolsa Família, o conselho informa que trata-se do maior programa de transferência de renda do mundo, e que “as linhas de pobreza mais baixas apresentam os maiores efeitos [de redução]”.
Além disso, também considera que o Bolsa Família “se destaca positivamente como um dos programas com a melhor focalização, com um baixo erro de inclusão e exclusão em termos relativos”. E que tem “um efeito positivo” sobre educação e saúde de crianças e adolescentes.
“Porém, em termos de impacto sobre a pobreza, o PBF [Programa Bolsa Família] apresenta uma performance média em relação aos seus pares”, diz o relatório do CMAP, acrescentando que os “resultados indicam que pode haver espaço para melhorias”.
Por isso, o Conselho recomendou valorizar (aumentar) os benefícios e preservar o seu valor real ao longo do tempo (correção pela inflação); além de reduzir os “erros de exclusão” (pessoas com direito ao benefício, mas que acabam excluídas).
O governo promete começar a pagar o Auxílio Brasil já em novembro, mas, segundo o blog da jornalista Andréia Sadi, o presidente Jair Bolsonaro admitiu a aliados que tem outra opção: decretar um novo estado de calamidade e prorrogar o auxílio emergencial.
Sadi: Bolsonaro admite a aliados que tem plano B para Auxílio Brasil
Publicada em 10 de agosto, a MP do Auxílio Brasil perde a validade no início de dezembro, se não for votada. As MPs são um instrumento com força de lei. Têm efeito imediato logo depois de publicadas pela Presidência da República. Mas têm de ser votadas por deputados e senadores em até 120 dias.
Assim que o auxílio emergencial terminar — os últimos pagamentos estão previstos para 19 de novembro — mais de 22 milhões ficarão sem benefício.
Questionado pelo g1, o Ministério da Economia esclareceu que um dos objetivos das avaliações realizadas no âmbito do Conselho de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas (CMAP) é o de “identificar pontos de aprimoramento das políticas públicas”.
“O Auxílio Brasil está alinhado com o espírito do CMAP de aprimorar o programa, ainda que ele já funcione bem”, acrescentou.
A pasta não respondeu, entretanto, se a troca do Bolsa Família pelo Auxílio Brasil, conforme proposta do governo, tem objetivos eleitorais. Também não fez uma análise sobre o novo programa proposto. “A avaliação não contemplou a análise do Auxílio Brasil”, acrescentou.
O Ministério da Cidadania, responsável pela proposta do Auxílio Brasil, avaliou que o novo programa estabelece critérios que vão “fortalecer e ampliar a rede de proteção social, além de criar oportunidades de emancipação para a população em situação de vulnerabilidade”.
“Esse trabalho leva em conta uma série de programas já existentes, não só o Bolsa Família (PBF), com medidas que vão atingir, com maior eficácia, a missão de superar a pobreza e minimizar os efeitos da desigualdade socioeconômica no país”, informou.
De acordo com o Ministério da Cidadania, o Auxílio Brasil “moderniza, simplifica e torna mais transparentes os benefícios básicos de transferência de renda”.
O g1 também entrou em contato com o Palácio do Planalto, que não havia dado resposta até a última publicação desta reportagem.
Leia também
Saiba como P. Diddy pode estar envolvido na morte de Michael Jackson (e o Rei do Pop tentou avisar!)
Carnaval: 11 ideias de fantasias criativas (e baratas) para crianças
‘Ilha da Tentação’; novo reality de traição estreia no Prime Vídeo e coloca relacionamentos à prova
BOMBA! Andressa Urach revela se já fez sexo com o próprio filho
Alinhamento preconceituoso do Governo Federal causa polêmica e repúdio nacional
Bia Haddad é eliminada no torneio de Wuhan, mas volta ao top 10 mundial
Nova Lei envolvendo concursos públicos é sancionada; confira
Zelensky visita Macron na França para fortalecer alianças
Conheça Liga Brasileira Multidisciplinar da Obesidade feita para capacitar profissionais de saúde
Entrega de títulos do CNU: prazo estendido até sexta-feira