O dólar opera em forte queda nesta quinta-feira (30), último pregão do ano.
Redação Publicado em 30/12/2021, às 00h00 - Atualizado às 14h41
O dólar opera em forte queda nesta quinta-feira (30), último pregão do ano.
Às 14h24, a moeda norte-americana caía 2,15%, vendida a R$ 5,5713.
O último pregão do ano é tradicionalmente marcado pela disputa pela formação da Ptax (taxa de câmbio calculada pelo Banco Central), que ocorre até as 13h e costuma deixar o mercado volátil.
Caso mantenha o desempenho visto nesta manhã até o fim das negociações, o dólar ainda encerrará 2021 em alta de mais de 7% contra o real.
Na quarta-feira, o dólar fechou em alta de 0,96%, a R$ 5,6939.
Já o Ibovespa opera em alta, mas caminha para a 1ª queda anual desde 2015.
No exterior, os mercados seguem acompanhando o noticiário sobre a variante ômicron do novo coronavírus. Embora o salto dos casos, principalmente nos Estados Unidos e na Europa, assuste, isso não tem impedido as bolsas americanas de renovarem recordes históricos. O que não é o caso aqui do Brasil.
Na cena doméstica brasileira, além da preocupação com a ômicron, permaneciam as incertezas sobre despesas adicionais no ano vêm após o governo ter conseguido, por meio da PEC dos precatórios, alterar a regra do teto de gastos e abrir espaço no orçamento.
Na agenda de indicadores, a FGV mostrou que o Índice de Confiança Empresarial (ICE) caiu em dezembro pelo segundo mês seguido, para o menor nível desde maio.
Os agentes do mercado em atividade nesta quinta-feira também digeriam dados fiscais melhores do que o esperado.
O setor público consolidado brasileiro registrou um superávit primário de R$ 15,034 bilhões em novembro, informou o Banco Central mais cedo, enquanto a dívida líquida do país ficou em 57,0% do PIB.
“No Brasil, os resultados fiscais correntes continuam melhores do que o esperado, mas projetamos uma deterioração no ano que vem com a economia perdendo força (o que afeta a arrecadação) e as despesas públicas acelerando no ano eleitoral”, disse a XP em nota matinal.
Há entre investidores a percepção de que a pressão de servidores por reajustes salariais poderia levar a mais gastos da União em 2022, o que deterioraria ainda mais a confiança de investidores estrangeiros na austeridade do Brasil.
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G1
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