Como 340 mil brasileiros perderam R$ 1 bilhão com o 'efeito Lula'

Desde a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Eletrobras tem enfrentado desafios significativos que resultaram em uma queda de 30% em seu valor de mercado. Um discurso proferido por Lula revelou o incômodo do governo com a privatização da empresa e destacou a busca por mudanças na regra que limita a participação da União e demais acionistas a 10% do direito de voto na companhia. Como resultado, a Advocacia-Geral da União (AGU) apresentou uma ação ao Supremo Tribunal Federal (STF) para contestar alguns dispositivos da Lei de Desestatização da Eletrobras. Essa ação e os questionamentos sobre a lei aprovada pelo Legislativo geraram incertezas e rumores sobre uma possível reestatização da empresa, o que impactou negativamente suas ações e seu valor de mercado.

Além disso, a queda no valor de mercado da Eletrobras teve repercussões sobre os investidores, especialmente aqueles que usaram parte do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para comprar ações da empresa. Com a desvalorização das ações, esses investidores já acumularam perdas de aproximadamente R$ 1 bilhão em menos de um ano.

Embora outros fatores, como a reestruturação interna da Eletrobras, o período de excesso de chuvas e uma maior oferta de fontes renováveis, também tenham contribuído para a desvalorização dos papéis, o governo federal é apontado como o principal responsável pela queda no valor de mercado da empresa. De acordo com especialistas, cerca de 70% da variação negativa pode ser atribuída às incertezas geradas pelas declarações e ações do governo, enquanto os demais fatores representam uma parcela menor desse impacto.

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Em suma, as disputas em relação aos votos na Eletrobras e os rumores de reestatização, juntamente com outros fatores, têm afetado negativamente a empresa, resultando em uma queda significativa de seu valor de mercado e prejudicando os investidores envolvidos.