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13º salário

CNC aponta crescimento de 6,2% no décimo terceiro, totalizando R$ 267,6 bilhões

O pagamento da segunda parte do décimo terceiro deve gerar uma injeção de R$ 106 bilhões na economia

Real brasileiro. - Imagem: Reprodução | Pixabay
Real brasileiro. - Imagem: Reprodução | Pixabay

Marina Roveda Publicado em 08/12/2023, às 05h55


Um estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revela que, ao final deste ano, o pagamento do décimo terceiro salário totalizará R$ 267,6 bilhões, um aumento de 6,2% em relação ao ano anterior, descontando a inflação. A segunda parcela, que deve injetar R$ 106,29 bilhões na economia, apresenta um valor médio do benefício de R$ 2.980, um avanço real em relação aos R$ 2.882 pagos em 2022.

Os gastos no comércio (R$ 37,35 bilhões) liderarão a alocação dos recursos, representando uma mudança em relação aos dois anos anteriores, que foram predominantemente direcionados ao pagamento de dívidas. A quitação e abatimento de dívidas deverão consumir 34% dos recursos (R$ 35,97 bilhões), seguidos por gastos no setor de serviços (R$ 20,31 bilhões) e poupança (R$ 12,66 bilhões).

A CNC destaca que, diferente dos anos anteriores, o menor predomínio dos gastos na quitação de dívidas se justifica pelo declínio da taxa de juros ao consumidor e pelo comprometimento médio da renda familiar, que apresenta evidências de recuo. A confederação estima que, em dezembro de 2023, o indicador de comprometimento da renda se situará em 30,1%.

A expansão da renda e do emprego ao longo do ano, aliada ao recuo da taxa média de juros nas operações com pessoas físicas, contribui para esse comportamento. O estudo aponta que o maior montante da segunda parcela do décimo terceiro salário em comparação ao ano passado se deve ao aumento do nível de ocupação no mercado de trabalho, com a geração de 1,14 milhão de novas vagas nos últimos 12 meses.

A chegada da segunda parcela do décimo terceiro no mês de dezembro historicamente impulsiona as vendas, com um avanço médio de 25%, sendo mais expressivo em setores como vestuário e calçados (80%), livrarias e papelarias (50%) e lojas de utilidades domésticas (33%). No comércio varejista, os segmentos mais beneficiados serão hiper e supermercados, combustíveis e lubrificantes, vestuário e calçados, e produtos de farmácia, perfumaria e cosméticos.

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