Estudo revela que Brasil tem a segunda maior taxa de juro real do mundo, ficando atrás apenas da Rússia
Sabrina Oliveira Publicado em 20/06/2024, às 12h00
A recente decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) de manter a taxa Selic em 10,5% colocou o Brasil na segunda posição com o maior juro real entre 40 economias analisadas. O país fica atrás apenas da Rússia, que apresenta juros reais de 8,91%. Segundo a pesquisa do economista Jason Vieira, divulgada na plataforma MoneYou, a taxa brasileira se encontra em torno de 6,79% ao ano.
Os juros reais são calculados considerando a taxa de juros descontada da inflação, representando a medida que de fato afeta a economia. O cálculo inclui tanto a inflação quanto os juros futuros estimados pelo mercado para os próximos 12 meses, uma vez que essas tendências futuras influenciam significativamente o andamento da economia e as decisões do BC para a Selic. No caso da taxa brasileira, a metodologia considerou a inflação projetada para os próximos 12 meses, que é de 3,96%, conforme coletado pelo Boletim Focus. Além disso, foram considerados os juros DI a mercado para os próximos 12 meses no vencimento mais líquido (Jun 25).
A manutenção da taxa Selic em 10,5% ao ano, anunciada nesta quarta-feira (19), marca o fim do ciclo de queda iniciado em agosto do ano passado, quando a taxa estava em 13,75%. A decisão do Copom foi unânime entre os nove membros do colegiado, sendo um dos pontos de atenção dos analistas devido à expectativa de que os membros indicados pelo atual governo poderiam ter uma postura mais leniente com a inflação.
De acordo com o Banco Central, a decisão foi tomada diante de um cenário doméstico que apresenta resiliência nas atividades econômicas, elevação das projeções para a inflação e expectativas desancoradas. No cenário global, o colegiado destacou o clima de incerteza. O BC também não antecipa novos cortes de juros e mencionou que "a política monetária deve se manter contracionista por tempo suficiente em patamar que consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas".
Esta foi a primeira vez, após sete reuniões, que o colegiado não alterou os juros, mantendo a taxa básica no menor patamar desde o final de 2021. A interrupção do ciclo de queda ocorre em meio ao descolamento das expectativas para a inflação e ao aumento do temor do mercado sobre a capacidade do governo de cumprir o compromisso fiscal de zerar o déficit das contas públicas a partir deste ano. A decisão confirmou as expectativas do mercado, que já antecipavam a interrupção do ciclo de queda de juros em meio a um cenário de desancoragem das expectativas de inflação desde o último encontro do Copom, em maio. Até abril deste ano, o Boletim Focus ainda apontava que a Selic poderia encerrar 2024 em um dígito, a 9%. Porém, a partir desta semana, as projeções passaram a indicar uma Selic em 10,5% ao fim deste ano.
Leia também
Após deixar casa de Madonna, filho da artista sobrevive buscando restos de comida
Suposto vídeo de Mel Maia fazendo sexo com traficante cai na rede e atriz se manifesta
Marcelo Lima cresce e amplia vantagem em São Bernardo
ONLYFANS - 7 famosas que entraram na rede de conteúdo adulto para ganhar dinheiro!
Obra do novo terminal rodoviário de Rio Preto apresenta problemas
Descriminalização da maconha no STF: relação milenar com a planta sofre preconceito e desinformação até no século XXI
PUBLICIDADE LEGAL - 22/07/2024
Saiba o real motivo do fim do noivado de Maraisa com Fernando Mocó
URGENTE! Joe Biden desiste de disputa pela presidência dos Estados Unidos
Após deixar casa de Madonna, filho da artista sobrevive buscando restos de comida