Banco Central pode reduzir ritmo do corte de juros

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) divulgou a ata de sua última reunião, realizada nos dias 19 e 20 de março, revelando discussões acerca de pontos que poderiam divergir do cenário básico de convergência da inflação para a meta. Entre os temas abordados estão a atividade econômica, a inflação de serviços e os reajustes salariais.

O BC optou por reduzir novamente a taxa básica de juros (Selic) em 0,50 ponto percentual, para 10,75% ao ano, no sexto corte consecutivo. O comunicado divulgado anteriormente pelo Copom já havia reafirmado a visão consensual de que o cenário estava em linha com o esperado, além de reforçar a estratégia de política monetária adotada para alcançar a meta de inflação de 3%.

"Avaliou-se a conveniência de alguma indicação para a decisão de junho, para a qual o Comitê ainda não havia feito qualquer comunicação", destacou trecho do comunicado divulgado.

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A ata revela um debate entre os membros do Copom sobre a comunicação da política monetária, apontando a necessidade de maior maleabilidade para lidar com as incertezas do cenário econômico e atingir a meta de inflação. A possibilidade de um ritmo mais lento de distensão monetária caso a incerteza prospectiva persista também foi mencionada.

No cenário doméstico, a ata destaca a desaceleração da atividade econômica, os reajustes salariais e a inflação de serviços como pontos relevantes. Além disso, discute-se a interação entre os reajustes salariais e a inflação de serviços, com uma preocupação crescente nesse aspecto.

Em suma, a ata do Copom revela que, apesar do cenário básico de convergência da inflação para a meta, foram debatidos diversos pontos que poderiam divergir desse roteiro, destacando o mercado de trabalho como um fator relevante para a convergência da inflação para a meta.