Economistas alertam para riscos das propostas de Milei, como dolarização e extinção do Banco Central
Marina Roveda Publicado em 21/11/2023, às 08h13
A vitória de Javier Milei na eleição presidencial argentina gera apreensão no mercado financeiro local, especialmente no câmbio, com efeitos notáveis. Durante a disputa, o peso argentino sofreu uma significativa desvalorização, e a confirmação de que as propostas ousadas do economista ultraliberal serão implementadas pode agravar uma situação já delicada.
A desvalorização da moeda nacional, acompanhada por problemas macroeconômicos, como inflação elevada (superior a 140% em 12 meses), falta de reservas em dólar, endividamento e aumento da pobreza, resultou em um fenômeno turístico notável: um aumento significativo do número de turistas brasileiros no país vizinho.
Com a desvalorização do peso argentino, o real ganha mais poder de compra. O dólar blue, principal cotação paralela, subiu mais de 207% em 12 meses. Esse cenário torna Buenos Aires um dos principais destinos turísticos para os brasileiros em 2023, com a vantagem da conversão favorável de moeda.
Economistas alertam para os riscos das propostas radicais de Milei, como a dolarização da economia e a extinção do Banco Central. A incerteza em relação à implementação dessas medidas pode gerar aversão de investidores, ampliando as perdas do peso argentino, especialmente no início do governo.
A instabilidade política e econômica na Argentina pode resultar na retirada de mais dinheiro estrangeiro do país, agravando a desvalorização do peso argentino nos próximos dias e meses. Isso pode tornar a Argentina ainda mais atrativa para os turistas brasileiros a curto prazo.
A Argentina continuará barata para os turistas brasileiros?
A desvalorização expressiva do peso argentino tem contribuído para tornar o país vizinho mais acessível aos turistas brasileiros. Com o real ganhando mais poder de compra em relação ao peso, os brasileiros têm desfrutado de uma estadia mais econômica em destinos como Buenos Aires, aproveitando a vantagem cambial.
No entanto, a incerteza em relação às propostas de Milei e a possível instabilidade econômica gerada por essas mudanças podem impactar a atratividade do destino no médio e longo prazo. Se as medidas radicais afetarem negativamente a economia argentina, isso poderá resultar em uma redução dos benefícios cambiais para os turistas brasileiros.
Portanto, enquanto a Argentina continua sendo uma opção mais acessível para os turistas brasileiros no curto prazo, é importante acompanhar de perto os desenvolvimentos econômicos e políticos para avaliar se essa vantagem se manterá no futuro.
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