Os dados da pasta, obtidos com exclusividade pela GloboNews por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), apontam que, ao longo dos nove primeiros meses de 2018, a Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental, órgão do Ministério das Cidades, repassou aos municípios brasileiros R$ 115,4 milhões, valor 8% inferior aos 125,6 milhões de repasses contabilizados entre janeiro e setembro de 2017.
É com esse dinheiro que municípios tentam realizar um adequado manejo de águas das chuvas, como o controle de enchentes, por exemplo.
“Essa diminuição demonstra uma concepção equivocada do papel das cidades na questão climática. Sem receber recursos, as cidades não têm como mitigar consequências dessas mudanças climáticas extremas”, disse Ricardo Young, presidente do Conselho Diretor do Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS) e integrante do Instituto de Estudos Avançados da USP na cátedra Cidades Globais.
“As fortes chuvas paralisam as cidades, ilham as pessoas, desconectam todo o sistema de transporte público. As cidades estão cada vez mais sobrecarregadas, com uma série de serviços públicos que não dão conta de fazer, sem a contrapartida de recursos”, disse