Quase dez meses depois, o caso de uma idosa espanhola encontrada sem vida dentro do túnel da estação Santos-Imigrantes do Metrô, na Zona Sul de São Paulo,
Redação Publicado em 10/11/2021, às 00h00 - Atualizado às 07h52
Quase dez meses depois, o caso de uma idosa espanhola encontrada sem vida dentro do túnel da estação Santos-Imigrantes do Metrô, na Zona Sul de São Paulo, continua sem explicações sobre como ela morreu exatamente.
Um advogado da família da vítima e o filho dela suspeitam que Pepita Marsal Geraldes, de 83 anos, possa ter sido atropelada e morta por uma composição em 18 de janeiro ao se confundir na estação.
Eles acusam o Metrô de negligência e omissão por não ter impedido a mulher de passar por uma portinhola e entrar no túnel, onde possivelmente foi atingida. E pretendem entrar na Justiça com uma ação pedindo ao Metrô que pague indenização por danos morais e materiais à família.
De acordo com a Polícia Civil, laudo necroscópico feito pelo Instituto Médico Legal (IML) apontou que Pepita morreu por “politraumatismo” provocado por um “agente contundente”. Fotos mostram que ela teve fratura exposta no crânio: um corte profundo na cabeça, com perda de massa encefálica. E fraturou também a perna esquerda. Além de ter tido outros “hematomas e escoriações” pelo corpo.
Apesar disso, o inquérito policial feito pelo 17º Distrito Policial (DP), no Ipiranga, não informa nem confirma se mulher foi atropelada por algum vagão quando entrou no túnel.
Vídeos gravados na estação Santos-Imigrantes mostram o momento que a idosa fica caminhando pela plataforma de embarque e desembarque de passageiros. Em seguida, ela passa pela portinhola. O acesso ao local é proibido para passageiros, sendo permitido seu acesso somente a funcionários autorizados, já que leva a uma área de emergência .
O g1 teve acesso a fotos da filmagem que mostram Pepita na plataforma e no momento que entra no túnel. Elas foram analisadas pelo Instituto de Criminalística (IC) da Polícia Técnico-Científica (veja abaixo).
De acordo com a investigação, funcionários do Metrô disseram que, durante a condução de um trem, um operador viu o corpo dela caído próximo aos trilhos da Linha Verde do Metrô, sentido estação Vila Prudente.
O funcionamento das demais composições foi suspenso até que Pepita fosse retirada do local pela equipe. Ela estava vestida com uma blusa cinza, calça preta e usava calçados. Com a mulher estavam um cartão de Bilhete Único em seu nome, um porta-moedas e uma chave.
Pepita estava distante cerca de 148 metros da plataforma. Laudo toxicológico feito na idosa não encontrou vestígios de álcool, drogas ou remédios.
O inquérito, que investigava o caso como “morte suspeita a esclarecer” foi concluído em 4 de outubro sem indicar o que provocou os traumatismos em Pepita e a matou. A polícia não informa no documento nem sequer se ela foi atropelada por algum vagão do metrô, por exemplo.
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G1
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