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Divórcios superam casamentos e acontecem cada vez mais cedo no Brasil, aponta IBGE

Dados do Registro Civil mostram que Brasil teve cerca de 1 divórcio a cada 2 casamentos em 2022

Separação. - Imagem: Reprodução | Freepik
Separação. - Imagem: Reprodução | Freepik

Marina Milani Publicado em 28/03/2024, às 08h13


O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira (27) dados do Registro Civil que apontam para um aumento expressivo no número de divórcios em relação aos casamentos no Brasil, além de mudanças significativas nos padrões de divórcio e guarda de filhos.

Em 2022, foram registrados 970 mil casamentos e 420 mil divórcios, indicando um divórcio para cada 2,3 casamentos. Essa proporção é consideravelmente diferente de 2010, quando a relação era de um divórcio para cada 4 casamentos.

Os dados também revelam uma tendência de divórcios mais precoces. Em 2010, 37,4% dos divórcios aconteceram menos de dez anos após o casamento, enquanto em 2022 esse percentual subiu para 47,7%. Por outro lado, os divórcios que ocorreram 20 anos ou mais após o casamento diminuíram de 36% para 26,4% no mesmo período.

Além disso, o tempo médio entre a data do casamento e a data do divórcio diminuiu, passando de cerca de 16 anos em 2010 para 13,8 anos em 2022. O número total de divórcios no país também cresceu 8,6% de 2021 para 2022.

Em relação à idade dos divorciados, os homens tendem a se divorciar em idades mais avançadas do que as mulheres. Em 2022, os homens tinham, em média, 44 anos na data da separação, enquanto as mulheres tinham 41 anos.

Destaca-se ainda que as cidades com as maiores taxas de divórcio estão no Paraná, com Ivatuba registrando 7 divórcios a cada 1 mil habitantes e Iracema do Oeste com 6 divórcios a cada 1 mil habitantes.

No que diz respeito à guarda dos filhos menores em casos de divórcio, houve uma mudança significativa nos últimos anos. Em 2014, em 85% dos divórcios, a guarda ficava com a mulher, enquanto em 2022 esse índice caiu para 50,3%. A guarda compartilhada passou de 7,5% para 37,8% dos casos, indicando uma mudança gradual nesse aspecto. Por outro lado, os casos em que os homens ficam responsáveis pela guarda após o divórcio vêm diminuindo, passando de 5,5% para 3,3%.

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