Juliana Creizimar de Resende Silva tinha 33 anos e havia recentemente dado a luz a gêmeos quando, em janeiro de 2019, sua vida foi soterrada por uma avalanche
Redação Publicado em 27/08/2021, às 00h00 - Atualizado às 08h15
Juliana Creizimar de Resende Silva tinha 33 anos e havia recentemente dado a luz a gêmeos quando, em janeiro de 2019, sua vida foi soterrada por uma avalanche de rejeitos de mineração. Ela é uma das 270 vítimas da tragédia de Brumadinho, ocorrida após o rompimento da uma barragem da Vale na Mina Córrego do Feijão. Seu corpo estava desaparecido há 942 dias quando foi localizado na terça-feira (24) pelo Corpo de Bombeiros. A identificação ocorreu quarta-feira (25) e seus parentes poderão finalmente organizar um enterro.
Segundo divulgou a perícia da Polícia Civil, a identificação do corpo se deu por meio da arcada dentária. Foram levantadas informações sobre tratatamentos dentários e analisadas fotos de sorrisos, formando um banco de dados que permitiu chegar a uma conclusão rapidamente.
Assim como a maior parte das vítimas, Juliana era funcionária da Vale. Seu marido, Dennis Augusto da Silva, também integrava os quadros da mineradora e teve o corpo encontrado ainda em 2019. Os filhos gêmeos estão hoje sob os cuidados de uma tia e dos avós.
O rompimento da barragem liberou no meio ambiente uma avalanche de rejeitos que destruiu comunidades, causou degradação ambiental, poluiu o Rio Paraopeba e deixou 270 mortos. Com a identificação de Juliana, falta agora encontrar os corpos de nove vítimas. As buscas continuam.
Devido às restrições decorrentes de pandemia da covid-19, os trabalhos dos bombeiros foram interrompidos duas vezes. A primeira paralisação ocorreu de março a agosto do ano passado. Posteriormente, em 17 de março deste ano, os trabalhos foram novamente suspensos. A retomada dos trabalhos ocorreu no dia 12 de maio.
Segundo o Corpo de Bombeiros, as características do rejeito, que não se esfarela com facilidade e que ganha consistência argilosa quando molhado, é um complicador. Além disso, dado o tempo que já se passou da tragédia, a possibilidade de achar o corpo com a estrutura intacta é menor, o que também dificulta o trabalho.
Os esforços são acompanhados de perto pela Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos do Rompimento da Barragem da Mina Córrego do Feijão (Avabrum), criada pelos familiares dos mortos na tragédia. Na última vez que um corpo foi encontrado, em maio desse ano, a entidade publicou uma mensagem nas redes sociais. “Renovamos as esperanças e seguimos motivados para continuar lutando pelo encontro agora das dez joias. Todos serão encontrados. Desistir não é uma opção”, dizia o texto. A associação contabiliza 272 mortes na tragédia porque inclui na conta os bebês de duas vítimas que estavam grávidas.
.
.
.
AGÊNCIA BRASIL
Leia também
Gilberto Gil anuncia turnê de despedida dos palcos em 2025; veja motivo
Novo documentário de Céline Dion choca ao mostrar convulsão da cantora
ONLYFANS - 7 famosas que entraram na rede de conteúdo adulto para ganhar dinheiro!
Deputada Rosana Valle recebe repreensão pública da Associação Paulista de Imprensa
28 de Junho, Dia do Capitalismo Humanista
Após rompimento, Deolane Bezerra debocha de desabafo de Fiuk: "Supera"
VÍDEO: Maíra Cardi ignora comentários e fala sobre "chupar rola" na frente da filha
Guaíba fica abaixo da cota de alerta pela primeira vez após dias
EITA! Cariúcha revela como briga com Jojo Todynho começou
WhatsApp deixa de funcionar em mais 17 modelos de celular a partir de julho; veja se o seu está na lista