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Chance de falha humana em avião que caiu é ‘quase zero’, diz filho de piloto

Os corpos do piloto Antônio Viçoti, de 62 anos, e do copiloto Henrique Moises Cardoso, de 36 anos, que morreram na queda da aeronave em Cambé (PR), são

Chance de falha humana em avião que caiu é ‘quase zero’, diz filho de piloto
Chance de falha humana em avião que caiu é ‘quase zero’, diz filho de piloto

Redação Publicado em 02/08/2016, às 00h00 - Atualizado às 16h53


Avião bimotor caiu no Paraná e matou oito pessoas.

Os corpos do piloto Antônio Viçoti, de 62 anos, e do copiloto Henrique Moises Cardoso, de 36 anos, que morreram na queda da aeronave em Cambé (PR), são velados no cemitério Jardim da Paz, em São José do Rio Preto (SP). O enterro das vítimas está previsto para às 16h30 no mesmo cemitério.

O avião bimotor de fabricação nacional caiu no barracão de uma transportadora na noite de domingo (31) e atingiu um caminhão, que explodiu logo em seguida. Todos os ocupantes da aeronave morreram na hora, sendo duas crianças, uma adolescente, piloto, copiloto e mais três adultos, que foram velados no município de Engenheiro Beltrão, no Paraná (PR).

Amigos e familiares estiveram presente no velório do piloto (Foto: Diogo Marques/G1)Amigos e familiares estiveram presente no velório
do piloto (Foto: Diogo Marques/G1)

Segundo o filho do piloto, Vinícius Figueira Viçoti, de 36 anos, Antônio era considerado um piloto experiente e com horas de voo equivalente a dos grandes profissionais da aviação. “Meu pai tinha muita experiência no controle de uma aeronave, tinha mais de 3 mil horas de voos em 40 anos de profissão. Estamos passando por uma fase que não é fácil lidar. Estamos tentando ficar em pé”, diz.

Vinícius acredita que a aeronave tenha apresentado falha mecânica. “Acredito que a chance do acidente ter sido provocada por falha humana seja quase zero, mas vamos aguardar o laudo oficial da perícia”, afirma.

A tia do copiloto, a empresária Carmem Rogéria Moragno Regina, de 55 anos, contou que a paixão de Henrique Cardoso pela aviação vinha desde a infância. “Henrique sempre foi um menino muito centrado naquilo que fazia. A aviação sempre foi a paixão dele. A família inteira sentiu enorme orgulho quando ele apresentou o diploma, que o permitia realizar um dos seus maiores sonhos que era voar”, comenta Carmem.

A empresária diz ainda que Henrique chegou a passar um dia na casa dela antes do acidente e jamais pensou que essa seria a última viagem do copiloto. “Almoçamos juntos um dia antes. Ele ainda brincou com os dois filhos dele, de 14 e 17 anos. Sempre tive medo de voar, mas ele não. Nas nossas conversas, ele sempre dizia: “Gosto de estar no ar. Ele buscou o que ele queria até o último instante”, afirma a empresária.

Imagem no projetor homenageava copiloto morto na queda do avião (Foto: Diogo Marques/G1)Imagem no projetor homenageava copiloto morto na queda do avião (Foto: Diogo Marques/G1)

O acidente
Segundo a polícia, testemunhas contaram que o piloto tentou um pouso forçado antes da colisão e tentou pousar no terreno baldio ao lado do barracão. De acordo com a polícia, a manobra feita pelo piloto do avião deixou claro que a intenção era evitar o choque com a área residencial. Na queda, a aeronave arrancou a rede de energia elétrica do bairro.

Os passageiros da aeronave voltavam de um casamento quando houve o acidente. O piloto tinha decolado do aeroporto de Cuiabá e seguiam para Londrina (PR), cidade vizinha a Cambé. Segundo informações da Polícia Civil, o avião pertence a Federação Nacional dos Trabalhadores Celetistas nas Cooperativas do Brasil (Fenatracoop).

A assessoria de imprensa da federação disse que a aeronave passou por manutenção há pouco tempo e a documentação está em dia. O serviço de prevenção de acidentes, ligado à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), vai investigar as causas do acidente.

Avião explodiu após cair em transportadora em Cambé (Foto: Reprodução RPC)Avião explodiu após cair em transportadora em Cambé (Foto: Reprodução RPC)
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