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Ambulantes do Brás fazem ato nesta sexta-feira contra apreensões da Prefeitura de SP no bairro

Vendedores ambulantes que trabalham na região do Brás, no Centro de São Paulo, fazem nesta sexta-feira (27) uma manifestação contra as operações recentes da

Ambulantes do Brás fazem ato nesta sexta-feira contra apreensões da Prefeitura de SP no bairro
Ambulantes do Brás fazem ato nesta sexta-feira contra apreensões da Prefeitura de SP no bairro

Redação Publicado em 27/08/2021, às 00h00 - Atualizado às 14h47


Gestão municipal suspendeu renovações e afirma que só 104 são legais. Programa alternativo para atuar sem registro municipal não permite trabalho na 25 de Março e no Largo da Concórdia.

Vendedores ambulantes que trabalham na região do Brás, no Centro de São Paulo, fazem nesta sexta-feira (27) uma manifestação contra as operações recentes da Prefeitura de São Paulo na região e a favor do direito de poderem trabalhar no bairro.

A manifestação conta com cerca de mil ambulantes e começou na Rua Tiers, saindo em caminhada até a sede da Prefeitura de São Paulo, no viaduto do Chá.

Outro ato acontece simultaneamente na Rua Elisa Witacker, que são os vendedores que atuam na chamada “Feirinha da Madrugada” e que também reclamam das recentes operações da subprefeitura da Mooca na região, impossibilitando a venda de produtos nas ruas.

Essa segunda manifestação seguiu para a frente da Subprefeitura da Mooca, na Rua Taquari, onde os ambulantes foram recebidos pelo subprefeito José Rubens Domingues Filho.

Segundo o presidente da Associação dos Empreendedores e Expositores do Comércio de SP, Fabio Faria, o grupo que uma canal direto de diálogo com a gestão municipal para tratar da legalização dos ambulantes.

“Nós aqui estamos buscando do prefeito um termo de responsabilidade, onde ele se compromete conosco em deixar com que tenhamos o diálogo aberto com a subprefeitura e tenhamos um respaldo para que a gente consiga fazer a legalização de todos os trabalhadores do Bras da madrugada”, disse.

“Existe a possibilidade de entrarmos com um imposto, que é o que eles alegam sempre pra nós: que nós somos ilegais porque não pagamos imposto. Vamos discutir essa questão, a limpeza das ruas. Tudo isso aí nós estamos tentando fazer como parceria com a subprefeitura”, completou Fabio Faria.

Uma das associações de camelôs da região afirma que mais de 400 ambulantes cadastrados na gestão municipal não estão conseguindo renovar o Termo de Permissão de Uso (TPU), que é a autorização que a Prefeitura de SP fornece para que os trabalhadores possam atuar nas ruas da cidade.

O que diz a Prefeitura de SP

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), disse na manhã desta sexta (27) que a Prefeitura de SP tem total interesse em legalizar os ambulantes e abrir o diálogo com a categoria.

“A nossa proposta é que a gente ofereça locais para que eles possam trabalhar, não prejudiquem o ir e vir da cidade, e que a gente forneça a eles a renovação ou a emissão de TPUs para as pessoas estarem legalizadas”.

Nunes afirmou, no entanto, que a Prefeitura de SP não vai tolerar a venda de produtos piratas na região e vai continuar investigando a ação das milícias que atuam no Brás para vender espaços públicos nas ruas do bairro para outros trabalhadores.

“Existe um trabalho conjunto com a Polícia Civil, no caso do Brás. Porque uma coisa é o trabalhador e outra coisa é a pessoa que usa, explora o trabalhador, para cometer crimes, vendendo espaço público. Nós não vamos aceitar. Nós não vamos aceitar duas coisas: produtos clandestinos, ilegais, e que você não atrapalhe o ordenamento público”, afirmou o prefeito.

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G1

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