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Nova secretária da Cultura da cidade de SP toma posse, e Nunes nega redução de verbas e mudanças de rumo na pasta

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), deu posse nesta segunda-feira (30) à nova secretária municipal de Cultura, Aline Torres (MDB), após a saída de

Nova secretária da Cultura da cidade de SP toma posse, e Nunes nega redução de verbas e mudanças de rumo na pasta
Nova secretária da Cultura da cidade de SP toma posse, e Nunes nega redução de verbas e mudanças de rumo na pasta

Redação Publicado em 30/08/2021, às 00h00 - Atualizado às 14h52


Nova secretária, Aline Torres afirmou que vai trabalhar para que a capital tenha “Cultura inclusiva e de oportunidades para todos”.

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), deu posse nesta segunda-feira (30) à nova secretária municipal de Cultura, Aline Torres (MDB), após a saída de Alexandre Youssef da pasta.

Na cerimônia de posse, Nunes negou mudanças de rumo na gestão da Cultura da cidade e afirmou que continuará a mesma da gestão Bruno Covas (PSDB), morto em maio em virtude de um câncer.

Na carta de despedida da pasta, o agora ex-secretário Alê Youssef havia alegado que deixava o posto por incompatibilidade ideológica e escassez de verbas. Nunes rebateu a argumentação e prometeu que a cidade terá mais verbas para a Cultura no orçamento de 2022, ultrapassando a marca de R$ 750 milhões.

“Me parece que houve algum choque de informação com relação aos investimentos da Cultura. O Bruno Covas já vinha firmemente valorizando a Cultura na cidade, aumentando o orçamento. Em 2019, o orçamento da Cultura foi de R$ 55,3 milhões, em 2020, R$ 580 milhões e, em 2021, até agora, R$ 608 milhões. E para o ano que vem eu reafirmo, até porque conta dos vereadores terem aprovado a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que eu sancionei, dizendo que o orçamento da Cultura para o ano que vem não poderia ser menor que o deste ano”, declarou o prefeito.

E finalizou: “Está sancionado. O risco de ser um orçamento menor é zero. Tá garantido em lei. E digo mais: será superior a R$ 750 milhões. É uma decisão minha”.

O prefeito da capital paulista também afirmou que foi pego de surpresa com a saída de Alê Youssef da Secretaria Municipal de Cultura e disse que, ao pedir demissão, ele havia dito que tocaria um projeto pessoal.

“Tive a surpresa quando o secretário Alê [Youssef] me procurou, comunicando que sairia da prefeitura por conta de um projeto pessoal privado. E aí foi muito repentino a decisão que me foi trazida. A partir daquele momento eu tinha uma grande responsabilidade de fazer a indicação de alguém para substituir o Alê, que fosse à altura do trabalho que ele vinha desenvolvendo”, afirmou.

Segundo o prefeito, o acréscimo no orçamento da Cultura para o ano de 2022 mira a recuperação econômica da cidade, especialmente na periferia.

“A gente vai precisar muito de ter a Cultura como um mecanismo importante de fazer a retomada econômica, principalmente nas áreas periféricas da cidade, onde estão as pessoas de maior vulnerabilidade e de maior necessidade. (…) A Cultura na cidade de São Paulo não terá nenhuma mudança de percurso, como já vinha na gestão Bruno Covas. É a gestão Bruno Covas”, afirmou.

A nova secretária de Cultura da cidade de São Paulo, Aline Torres, chora ao tomar posse neste segunda-feira (30).  — Foto: Reprodução/Youtube
A nova secretária de Cultura da cidade de São Paulo, Aline Torres, chora ao tomar posse neste segunda-feira (30). — Foto: Reprodução/Youtube

Nova secretária

Ao discursar já como secretária, Aline Torres chorou ao lembrar do esforço da mãe, que é empregada doméstica, em criar as duas filhas e proporcionar estudo, mesmo sem formação acadêmica.

Mulher negra e oriunda da periferia da capital, Torres afirmou que vai trabalhar para uma Cultura inclusiva na cidade e para que outros jovens negros possam ter oportunidades.

“Daqui eu tenho o compromisso de lutar para que seja cada dia menos difícil para quem sair de onde eu saí, chegar até aqui onde estou. Não posso ser única e não serei a única. Somos muitos os capacitados”, disse ela.

“É nosso dever construir uma nova era, mais inclusiva, mais representativa e próxima das pessoas. Nesse momento de pandemia, com reflexos sociais, é nosso papel trabalhar para que a Cultura seja determinante na retomada dos empregos, investimento e geração de renda na cidade”, afirmou.

Aline tem 35 anos e é formada em Relações Públicas, com pós-graduação em Gestão de Projetos Culturais. Antes de ser nomeada, ocupava o cargo de secretária-adjunta de Inovação e Tecnologia.

Ativista dos movimentos negro e feminista, Torres foi candidata a vereadora em 2020 em São Paulo pelo MDB. Nas eleições de 2018, tentou uma vaga como deputada federal pelo PSDB.

A nova secretária de Cultura da cidade de São Paulo, Aline Torres.  — Foto: Reprodução/Facebook
A nova secretária de Cultura da cidade de São Paulo, Aline Torres. — Foto: Reprodução/Facebook

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