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MP suspende contrato da Prefeitura de SP por suposta compra de máscaras superfaturadas

O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) pediu na Justiça a suspensão de um contrato firmado pela Autarquia Hospitalar Municipal (AHM) com uma

MP suspende contrato da Prefeitura de SP por suposta compra de máscaras superfaturadas
MP suspende contrato da Prefeitura de SP por suposta compra de máscaras superfaturadas

Redação Publicado em 21/05/2020, às 00h00 - Atualizado às 12h33


Secretaria da Saúde disse que denúncia é totalmente irresponsável. Ação foi proposta pelo vereador Toninho Vespoli (PSOL).

O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) pediu na Justiça a suspensão de um contrato firmado pela Autarquia Hospitalar Municipal (AHM) com uma empresa para a compra de um lote de máscaras descartáveis sob a suspeita de o preço estar acima do encontrado no mercado.

Em nota, a Secretaria Municipal da Saúde disse que não foi notificada da ação, e acrescentou que a denúncia de compra irregular é totalmente irresponsável. A pasta disse que está disponível para prestar esclarecimento à Justiça.

A ação popular com pedido de liminar (decisão provisória) foi feita pelo vereador Toninho Vespoli (PSOL) e recebeu parecer favorável do MP-SP, que levou o pedido da suspensão do contrato à 7ª Vara da Fazenda Pública da capital.

De acordo com o vereador e com Promotoria de Mandados de Segurança e Ações Populares, a AHM, da Secretaria Municipal da Saúde, adquiriu, por intermédio de sua superintendente, Magali Vicente Proença, 750 mil máscaras descartáveis da empresa XCMG Brasil Indústria Ltda., ao valor de R$ 2,85 milhões.

O valor significa o pagamento de R$ 3,80 por cada unidade de máscara descartável simples, que seria mais do que o dobro do valor praticado pelo mercado sobre o mesmo item, sendo na maioria dos casos até R$ 0,50. O vereador afirma que o Hospital do Servidor Público Municipal, encontrou e adquiriu o mesmo produto por R$ 0,12 a unidade.

Além disso, a compra teria ocorrido sob sigilo, “o que demonstra a violação aos princípios da publicidade e da transparência”, de acordo com a promotora Eloisa Virgili Canci Franco, que pediu a suspensão do contrato, e cópias do contrato, do despacho que determinou o sigilo, e da pesquisa de preços dos equipamentos.

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