A Procuradoria da República no Distrito Federal denunciou 26 pessoas investigadas pela Operação Greenfield, que apura irregularidades nos fundos de pensão da
Redação Publicado em 07/10/2019, às 00h00 - Atualizado às 18h46
A Procuradoria da República no Distrito Federal denunciou 26 pessoas investigadas pela Operação Greenfield, que apura irregularidades nos fundos de pensão da Caixa Econômica Federal (Funcef), Correios (Postalis) e Petrobras (Petros).
Agora, caberá à Justiça, após as fases de depoimentos e análise das provas, decidir se os investigados se tornarão réus de uma ação penal.
Nas denúncias, o Ministério Público pede penas de prisão para os investigados e também reparação de R$ 3,1 bilhões aos cofres públicos. Esse valor corresponde a três vezes o que foi desviado, segundo a operação.
De acordo com os procuradores da força-tarefa da Greenfield, Postalis, Funcef e Petros fizeram aportes milionários em um fundo de investimento, chamado Multiner, que comprovadamente tinha uma situação de “desequilíbrio e incapacidade financeira”.
Com isso, os três fundos de pensão perderam dinheiro, e o Multiner obteve verba de forma indevida.
As denúncias afirmam que o esquema irregular foi montado por diretores dos fundos de pensão, representantes do Multiner e executivos de empresas que elaboraram laudos falsos atestando que as operações de aporte se tratavam de um bom negócio.
Segundo os procuradores, foram contratadas instituições “sem qualquer expertise que pudesse fundamentar investimentos milionários com recursos de terceiros”. As investigações mostraram que as pretensas empresas de consultoria eram especializadas em design de interiores.
O Ministério Público enquadrou as 26 pessoas denunciadas, na medida da participação de cada um, nos crimes de gestão fraudulenta, gestão temerária ou desvio de recursos em proveito próprio ou de terceiros.
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