Militares do Exército Brasileiro realizaram na manhã desta quinta-feira (28), na Arena Corinthians, na Zona Leste de São Paulo, uma simulação de ato
Redação Publicado em 28/07/2016, às 00h00 - Atualizado às 21h06
Militares do Exército Brasileiro realizaram na manhã desta quinta-feira (28), na Arena Corinthians, na Zona Leste de São Paulo, uma simulação de ato terrorista para testar o esquema de segurança montado para a Olimpíada 2016. O estádio paulista vai receber 10 jogos de futebol, masculino e feminino, durante os dias 3 e 19 de agosto.
Dois cenários de terrorismo foram retratados no exercício. “Primeiro, com atiradores causando vítimas indiscriminadamente e, o outro, com indício de agentes químicos, biológicos e radiológicos”, explicou o general Décio Schons. Para este último, uma bomba foi explodida dentro da arena e os militares simularam o trabalho de atendimento às vítimas.
Como não é possível saber qual tipo de bomba seria usada em um ataque do tipo (química, radiológica, biológica ou até mesmo nuclear), o Exército posicionará durante os jogos uma equipe da polícia do Exército, com vestimenta especial, do lado de fora do estádio. Eles prestarão o primeiro atendimento às possíveis vítimas e serão os responsáveis por encaminhá-las a postos de desintoxicação da Marinha, instalados próximo à arena.
De acordo com as forças armadas, o esquema de segurança montado está preparado para todos os casos. “Nós temos que estar preparados pra tudo isto, mesmo que a percepção não esteja dizendo que há qualquer tipo de ameaça, nós temos que estar sempre prontos para dar uma resposta caso isto ocorra”, afirmou o coronel Marcelo Chiesa.
Na simulação desta quinta, o público que estava no interior do estádio teve de passar por uma barreira de homens do exército ao deixar a arena após a explosão. Lá, acontecia uma espécie de triagem em que militares utilizavam aparelhos para detectar indícios de contaminação nas pessoas. Os contaminados eram levados para os postos de desintoxicação montados a poucos metros dali e, o restante, liberado.
O exército simulou ainda dois pousos de helicóptero durante a ação. Um com condições de pouso, em que a aeronave aterrissou em um dos estacionamentos do estádio, e outro como se não houvesse condições do helicóptero pousar, em que militares do batalhão de operações especiais tiveram de chegar ao solo de rapel.
Segundo o Comando de Defesa de Área de São Paulo, três mil militares serão empregados nos esforços de defesa e segurança dos eventos dos Jogos Olímpicos na capital paulista. Para o coronel Chiesa, o número é “suficiente para neutralizar qualquer tipo de ação hostil”.
Toda a simulação realizada dentro do estádio, como a explosão da bomba e a representação de uma troca de tiros entre terroristas e militares, não foi aberta à imprensa. De acordo com o general Schons, o sigilo faz parte de uma estratégia para não dar dicas de onde ficarão os atiradores de elite, por exemplo.
Aproveitando o clima dos jogos, ele comparou a situação ao que acontece no futebol: “Não é interessante que nós já abramos o jogo antes dele começar. Normalmente as equipes não deixam que olheiros da equipe adversária assistam aos treinamentos, não é verdade? É o mesmo caso”.
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