A mãe da bebê de um ano e quatro meses que morreu com suspeita de agressões e de ter sido estuprada mudou a versão que tinha dado para a polícia em São José do Rio Preto (SP) e admitiu a violência contra a filha. Segundo a delegada Dálice Ceron, ela agora será investigada por homicídio.
Em depoimento para o delegado plantonista no dia do crime, os pais negaram qualquer tipo de agressão. A mãe contou que a filha tinha caído, uns 20 dias antes, ao tentar escalar o sofá e chegou ficou internada. A mãe e o primo do pai da criança acabaram sendo presos.
Dálice também diz que a mulher admitiu o abuso sexual na criança, mas não quis relatar como tudo teria acontecido. “Ela admitiu a autoria, os autos são sigilosos e não podemos passar detalhes. Então obviamente vamos fazer a reconstituição para dar mais transparência, ela vai ter de descrever todos os passos dela nessa conduta”, diz a delegada.
A mãe está presa na cadeia de Nhandeara (SP). A suspeita, de 19 anos, está presa temporariamente por negligência. Segundo a polícia, as investigações concluíram que não houve participação do primo do pai da criança no crime.
Entenda o caso
Segundo informações do boletim de ocorrência, a bebê de um ano e quatro meses foi levada pela mãe à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Vila Toninho sem sinais vitais, na noite do dia 3 de março.
Na ocorrência consta que um médico percebeu hematomas no corpo da bebê e chamou a polícia. A mãe disse à polícia que as marcas eram consequência de uma queda anterior e de mordidas de outro filho mais velho que ela, mas também criança.
O médico legista do Instituto Médico Legal (IML) de Rio Preto constatou que a bebê apresentava lesões graves no fígado e sinais de violência sexual, segundo o delegado Eder Galavoti.
Os pais, de 19 anos, foram levados ao plantão policial para prestar depoimentos e negaram qualquer tipo de agressão ou violência sexual, segundo o delegado. Outras duas pessoas suspeitas foram ouvidas e também negaram. Todos cederam material sanguíneo que será usado para eventual perícia.