De terno no campo e fora dele: o volante Renato foi anunciado na última terça-feira como novo executivo de futebol do Santos. O veterano de 39 anos foi uma
Redação Publicado em 19/09/2018, às 00h00 - Atualizado às 09h43
De terno no campo e fora dele: o volante Renato foi anunciado na última terça-feira como novo executivo de futebol do Santos. O veterano de 39 anos foi uma indicação do técnico Cuca à diretoria do Santos. Mesmo com o “sim” ao cargo, elesegue à disposição do treinador até o fim da temporada, quando se aposentará.
Renato assume a vaga deixada por Ricardo Gomes, que ficou pouco mais de dois meses no Santos antes de deixar o clube para virar manager do Bordeaux, da França.
Mas por que, num mercado cheio de profissionais que fizeram cursos preparatórios para assumir a função, o Peixe preferiu apostar em um jogador que segue em atividade, inexperiente nas negociações de atletas, para ser o homem forte do futebol?
É isso que o GloboEsporte.com explica abaixo:
Esse era o principal requesito procurado pelo presidente José Carlos Peres na busca pelo substituto de Ricardo Gomes. Logo no anúncio de Renato como novo executivo de futebol, o dirigente fez questão de frisar que a escolha era “definitiva” e que a aprovação do elenco foi unânime.
Há tempos José Carlos Peres era pressionado para colocar à frente do futebol profissionais identificados com o clube. E Renato é, hoje, no elenco profissional, quem mais vestiu a camisa do Santos – e com um dos menores salários do grupo.
Ao todo, são 418 jogos e 33 gols marcados, divididos em duas passagens (2000 a 2004 e 2014 a 2018).
Sempre que começa um jogo como titular ou entra durante uma partida, Renato carrega consigo um item que representa a tamanha influência que ele tem sobre seus companheiros: a faixa de capitão.
A ideia de Cuca com a entrada de Renato no departamento de futebol é fazer com que elenco, comissão técnica e diretoria “falem a mesma língua”. O veterano é visto como um bom elo entre os três setores, já que é querido praticamente por todos internamente.
– O Renato tem todas as condições de atender bem, ser político, a parte técnica… Reúne todas as condições necessárias. O enato é importante na base também. Tem olhar muito forte para a base, fazer a integração com o (elenco) principal. Administração ele aprende nos cursos, na qualificação oferecida pela FPF e CBF. A sugestão do Cuca foi determinante. Estamos fazendo uma parceria boa, eu e ele, de verdade, respeito, dignidade e confiança. Ele já está confiando em mim. A opinião do Cuca foi muito importante para a vinda do Renato – afirmou José Carlos Peres.
Em praticamente todas as respostas em sua primeira entrevista como executivo de futebol, Renato foi claro: Cuca terá total influência na montagem do elenco de 2019.
A definição e o processo de escolha dos possíveis reforços serão feitos em conjunto entre diretoria, comissão técnica e o executivo de futebol.
A chegada de jogadores, além da renovação de atletas e acompanhamento de talentos da base, será uma das principais responsabilidades de Renato, que já começará a participar de reuniões de planejamento para o próximo ano, conforme revelado por Peres.
– Existe um grupo, todo um processo, avaliação do treinador. É um conjunto, sempre com aval dele (Cuca). Vai ter essa pesquisa com ele sobre o grupo. Vai ser o comandante dentro de campo. Independentemente de trabalhar com outro ou não, estarei à disposição. Procurei sempre fazer o melhor em campo e agora procuro fazer a melhor parte fora dele. Procurar sempre acertar e que o Santos seja sempre competitivo e brigando por títulos – disse Renato.
Renato será o terceiro executivo de futebol do Santos em 2018. O primeiro foi Gustavo Vieira de Oliveira, demitido em 45 dias de trabalho por atritos com o presidente José Carlos Peres, e Ricardo Gomes, que ficou por pouco mais de dois meses no cargo e deixou o clube para virar manager do Bordeaux.
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