No calor e no frio. Na bicicleta e no esqui. Há quase duas décadas, a vida de Jaqueline Mourão é dividida dessa maneira. Dois anos treinando ciclismo mountain
Redação Publicado em 11/05/2021, às 00h00 - Atualizado às 17h48
No calor e no frio. Na bicicleta e no esqui. Há quase duas décadas, a vida de Jaqueline Mourão é dividida dessa maneira. Dois anos treinando ciclismo mountain bike para os Jogos Olímpicos de verão e outros dois treinando esqui para os Jogos de Inverno. Neste ciclo olímpico, por conta do adiamento de Tóquio, as duas modalidades se misturaram.
A pandemia bagunçou o calendário do esporte mundial a ponto que teremos duas Olimpíadas nos próximos meses. A de verão, em Tóquio, marcada para o dia 23 de junho deste ano. E a de inverno, em Pequim, na China, em fevereiro de 2022.
– Pela Olimpíada ter sido cancelada, colocada para outro ano, o que eu já fazia que era equilibrar verão e inverno, ficou ainda mais desafiador. Então a gente fez uma nova programação. Nesse ano eu tive pela frente classificar o Brasil para as Olimpíadas no inverno no mundial em março, aqui na Alemanha, conseguimos duas vagas, por isso não competi mountain bike no ano passado, nem o Mundial, nem as Copas do Mundo – disse.
No início do ano, Jaqueline foi a maior pontuadora para o Brasil conseguir duas vagas olímpicas para os Jogos de Inverno, nas provas de ski. Ela ainda não está garantida nos Jogos, pois ainda precisa passar por uma seletiva dentro do Brasil. Já para o mountain bike, ela é a melhor brasileira no ranking mundial neste momento, faltando poucas competições a serem realizadas para o fechamento da lista de Tóquio.
Jaqueline já disputou seis Olimpíadas. A estreia foi em Atenas, na Grécia, 2004, no ciclismo mountain bike. Depois, participou de Torino, na Itália, em 2006, no esqui cross-country. Em Pequim, na China, no ano de 2008, voltou a competir nos Jogos de verão, no ciclismo. Aí uma sequência de três Jogos de Inverno: Vancouver, no Canadá, 2010, Sochi, na Rússia, 2014, em que participou de duas modalidades: no biablo e no cross country, e em PyongChang, na Coreia do Norte em 2018.
Neste momento, Jaqueline está na Europa participando de competições de mountain bike em busca de pontos para a classificação olímpica. O ranking será fechado no fim deste mês e, neste momento está dentro da zona de classificação.
– Se eu conseguir classificar para Tóquio, minha prova é no fim de julho, já em agosto eu tenho que trocar a armadura, ir para Uchuaia, onde serão realizadas as primeira provas de ski cross country classificatórias para as olimpíadas, então vai ser um jogo de cintura de transição até conseguir os pontos necessários – disse.
Jaqueline Mourão, o velejador Robert Scheidt, a jogadora de futebol Formiga, o cavaleiro Rodrigo Pessoa e o jogador de tênis de mesa Hugo Hoyama são os recordistas de participações olímpicas pelo Brasil: seis Olimpíadas. Formiga e Scheidt também estarão em Tóquio, enquanto Rodrigo ainda espera a convocação da seleção.
– Sou muito pioneira, a primeira do mountain bike, a primeira no biatlo, então o que eu aprendo com todo esse esforço, resiliência, que o caminho é o que importa. Eu tenho 30 anos no esporte, comecei aos 15 no esporte, essa seria minha marca. Tudo que eu aprendi é o que eu levo para minha vida, se eu conseguir essa participação é o que me faz feliz. Fechar esse ciclo com chave de ouro – disse Jaqueline, que levou o bronze no ciclismo no Pan de 2019.
Aos 45 anos, como aguentar seguir no esporte de alto rendimento em duas modalidades diferentes? A resposta esta nessas imagens: Jade, de 6 anos, e Ian de dez, seus filhos.
– Tem sido um jogo de cintura mesmo, minha carreira já está sendo né? Ser mãe e continuar em alto rendimento. Ser mãe me fez mais forte, isso não tem dúvida. Toda essa pandemia, eu acredito que estar com meus filhos, ter minha família foi muito importante – disse.
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Fonte: Ge – Globo Esporte.
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