O ministro israelense das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, acusou a Argentina de ter cedido aos que "pregam o ódio contra Israel" ao cancelar o
Redação Publicado em 06/06/2018, às 00h00 - Atualizado às 14h18
O ministro israelense das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, acusou a Argentina de ter cedido aos que “pregam o ódio contra Israel” ao cancelar o amistoso de futebol previsto para acontecer em Jerusalém entre as seleções dos dois países. A Federação Palestina de Futebol comemorou a decisão.
“É lamentável que a elite do futebol argentino não tenha resistido às pressões dos que pregam o ódio contra Israel e que tem como único objetivo violar o direito fundamental de nos defendermos e destruir Israel”, escreveu Lieberman no Twitter.
A embaixada de Israel em Buenos Aires anunciou na terça-feira (4) a “suspensão” da partida pelas “ameaças e provocações” contra Lionel Messi, “que logicamente resultaram na solidariedade de seus colegas”.
Esta foi a primeira reação de um ministro israelense após o anúncio. Pouco antes das declarações de Lieberman, o ministério israelense dos Esportes não descartou a possibilidade da partida ser disputada.
“Esperamos uma decisão final. Ainda tenho uma esperança de que a decisão final pode ser diferente”, declarou o diretor geral do ministério dos Esportes, Yossie Sharabi.
A partida, que inicialmente estava prevista para Haifa, seria disputada no sábado em Jerusalém. A mudança de local reforçou a mobilização palestina, em pleno debate sobre o status da Cidade Sagrada. O jogo seria o último da preparação da Argentina para a Copa do Mundo da Rússia-2018. O país estreia no Mundial em 16 de junho contra a Islândia.
Nos últimos dias, os palestinos pediram a Messi que participasse na partida, que chamavam de ação política de Israel.
Na terça-feira, militantes palestinos se reuniram nas proximidades do local em que a seleção argentina treinava, em Barcelona, com um uniforme da equipe repleto de sangue. Eles gritaram para que os jogadores não disputassem a partida.
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