A cerimônia vai servir também para amenizar a frustração de não ter sido convidado para carregar a tocha na Rio 2016. Preferindo não citar nomes, ele lembro
Redação Publicado em 16/06/2021, às 00h00 - Atualizado às 10h26
Ídolo do Flamengo e do futebol japonês, Zico se prepara para honra que gostaria de ter recebido em sua cidade natal: carregar a tocha olímpica de olimpíada. Ele foi convidado pela organização dos Jogos de Tóquio e vai percorrer curto trecho em cerimônia próximo do estádio do Kashima Antlers, clube no qual jogou e hoje é dirigente.
Aos 68 anos, o ex-jogador e a esposa Sandra receberam há cerca de duas semanas a segunda dose da vacina contra Covid-19 no Japão. Ele conta que tem sido tratado com todo cuidado pelos japoneses, preocupados com o ídolo e com a homenagem que vai receber. Agora ele se prepara para carregar a chama olímpica no dia 4 de julho.
– Eu e a Sandra tomamos as duas doses da Pfizer. Até pela minha idade eles têm preocupação grande, até pelo clube também. E agradeço imensamente. No dia 4 de julho vou carregar a tocha e isso é muito legal. Pelo que me disseram, serão cinco jogadores do Kashima, que participaram de olimpíada, mais eu. Vou carregar por 200 metros perto do estádio. A tocha está passando de forma bem simbólica. Com todas precauções para não provocar aglomeração – lembrou Zico, que vai receber seleções para treinos na estrutura do Kashima. O estádio também vai ter jogos do futebol masculino e feminino.
Zico conta que a rigidez tem sido grande no ambiente do Kashima. Em um ano e meio de pandemia, tiveram apenas três casos de atletas e mais um de funcionário. O regulamento da J-League prevê derrota por WO de 3 a 0 caso um clube tenha 13 atletas em condições de jogar e não vá para a partida.
– Há controle rigído e respeito muito grande de todos. Respondemos questionário todos os dias para dizer onde fomos, onde almoçamos, onde jantamos, com quem… Se sair da região daqui de Ibaraki tem que registrar. Fazemos teste PCR a cada 15 dias – relatou.
A cerimônia vai servir também para amenizar a frustração de não ter sido convidado para carregar a tocha na Rio 2016. Preferindo não citar nomes, ele lembro que não foi convidado nos Jogos da capital carioca e não esquece disso.
– Infelizmente não fui convidado em 2016. Tem muita gente que carregou e que está em cana hoje, com tornozeleira eletrônica. A gente que faz muita coisa para o país, para o estado, a cidade. Isso é uma marca muito grande, que vai ficar para sempre. Mas tudo bem, que eles sejam felizes – disse, ironizando o atual dirigente do Kashima Antlers.
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Fontes: Ge – Globo Esporte.
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