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Grupo presta homenagem à jovem morta após dar carona combinada pelo WhatsApp: ‘ela foi solidária’

Comovidos com o assassinato de Kelly Cristina Cadamuro, que foi encontrada morta no Triângulo Mineiro depois de dar uma carona combinada por WhatsApp, alguns

Grupo presta homenagem à jovem morta após dar carona combinada pelo WhatsApp: ‘ela foi solidária’
Grupo presta homenagem à jovem morta após dar carona combinada pelo WhatsApp: ‘ela foi solidária’

Redação Publicado em 06/11/2017, às 00h00 - Atualizado às 07h13


Comovidos com o assassinato de Kelly Cristina Cadamuro, que foi encontrada morta no Triângulo Mineiro depois de dar uma carona combinada por WhatsApp, alguns moradores de Frutal fizeram homenagem à jovem neste domingo (5).

Um grupo, que contou com apoio de missionários, se reuniu no início da tarde na Praça da Igreja Matriz para prestar solidariedade e apoio aos familiares e amigos da vítima. A radiologista foi morta pelo passageiro que viajava com ela de Guapiaçu, no interior de São Paulo, com destino a Itapagipe. Jonathan Pereira do Prado, de 33 anos, confessou que planejou o crime para roubar a vítima. Ele e outras duas pessoas foram presas.

Segundo um dos organizadores, Luciano Alouan, o objetivo é se solidarizar com a família e mostrar a atitude da jovem, que ofereceu carona como ato de bondade.

“Quando percebemos que esse caso começou a gerar revolta na população, decidimos que precisávamos mudar o foco dessa situação e mostrar que ela teve um bom gesto ao dar carona”, explicou.

A organização divulgou o encontro pelas redes sociais. “As pessoas estavam usando o Facebook, Whatsapp e outros meios para publicar palavras de revolta e crítica sobre a atitude da Kelly. Queremos mudar essa concepção e mostrar que ela foi solidária. Essa foi uma forma que conseguimos para nos despedir dela”, disse.

Até a publicação desta reportagem, estava programado que os participantes iriam seguir até Itapagipe e passar pelo trecho onde o corpo da jovem foi encontrado. “Nós convidamos a família dela para participar, falamos com o namorado. Eles estão muito sensibilizados e agradeceram o gesto, mas preferiram ficar em casa fazendo orações devido à dor da perda”, contou Luciano.

Morta durante viagem

Kelly tinha 22 anos e viajava para encontrar com namorado em Minas Gerais  (Foto: Reprodução/TV TEM)

Kelly tinha 22 anos e viajava para encontrar com namorado em Minas Gerais (Foto: Reprodução/TV TEM)

A radiologista Kelly Cristina Cadamuro foi dada como desaparecida na quarta-feira (1º) depois que saiu de São José do Rio Preto (SP) com destino a Itapagipe (MG) para encontrar com o namorado. Ele, inclusive, chegou a alertá-la por mensagem para que ela tivesse cuidado na viagem.

O corpo dela foi encontrado em um córrego entre Itapagipe e Frutal na quinta-feira (2) sem a calça e com a cabeça mergulhada na água. A jovem foi enterrada na cidade natal, em Guapiaçu (SP).

Jhonatan foi preso no dia do crime em São José do Rio Preto e foi identificado como sendo o passageiro da carona. Outros dois suspeitos também foram presos por comprar os pertences roubados da jovem.

Jonathan Pereira do Prado estava foragido de penitenciária e confessou o latrocínio da jovem Kelly Cadamuro (Foto: Reprodução/TV TEM)

Jonathan Pereira do Prado estava foragido de penitenciária e confessou o latrocínio da jovem Kelly Cadamuro (Foto: Reprodução/TV TEM)

Em depoimento à Polícia Civil em Frutal, Jonathan Pereira do Prado – estava foragido desde março de um presídio de São José do Rio Preto – deu detalhes do caso. De acordo com o delegado regional, Cézar Felipe Colombari da Silva, o autor relatou ter amarrado a vítima após desacordá-la e, apesar do corpo de Kelly ter sido encontrado seminu, afirmou não ter cometido abuso sexual.

Ele foi levado para o Presídio de Frutal e na noite desta sexta-feira (3), a Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap) confirmou que o homem foi agredido dentro da cela. Jonathan teve um corte no supercílio e precisou ser atendido por uma enfermeira da unidade prisional. Após agressões, ele foi transferido para cela isolada.

Ainda de acordo com a Seap, a direção-geral da unidade prisional instaurou um procedimento administrativo para apurar as circunstâncias e responsabilidades pela agressão. Após a identificação dos agressores, eles passarão pela Comissão Disciplinar e sofrerão sanções administrativas. A Secretaria não soube informar quantos foram os presos que agrediram Jonathan.

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