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Gremista na infância, Prass se reconhece como ídolo e diz: “Minha torcida é pelo Palmeiras”

Agora na condição de ex-jogador, Fernando Prass terá uma torcida na partida entre Palmeiras e Grêmio, neste domingo, que vale o título da Copa do Brasil de

Palmeiras
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Redação Publicado em 05/03/2021, às 00h00 - Atualizado às 13h37


“Hoje posso dizer que sou palmeirense, não tem como”, afirma o ex-goleiro do Verdão

Agora na condição de ex-jogador, Fernando Prass terá uma torcida na partida entre Palmeiras e Grêmio, neste domingo, que vale o título da Copa do Brasil de 2020.

Mesmo ligado aos dois clubes – Prass jogou pelo Grêmio e era torcedor do clube gaúcho quando criança –, o ex-goleiro afirmou ter preferência pelo Verdão, pela passagem recente pela equipe palmeirense e também pela família.

– Eu hoje posso dizer que sou palmeirense, não tem como. Se você assistir com meu filho do lado, vai ver como é torcedor. Ele é fanático, e eu também, não tem como. Pelo carinho que tenho, pela história e pelas amizades que tenho lá, jogadores e funcionários, amigos pessoais. Por mais que eu tenha sido torcedor do Grêmio na infância, tem esse laço até familiar, mas a minha torcida, óbvio, é pelo Palmeiras – admitiu Prass.

Fernando Prass foi decisivo na Copa do Brasil de 2015 — Foto: Cesar Greco / Ag Palmeiras

Fernando Prass foi decisivo na Copa do Brasil de 2015 — Foto: Cesar Greco / Ag Palmeiras

Em entrevista ao ge, Prass falou sobre o fim da carreira e planos para o futuro. Depois de atuar na temporada de 2020 pelo Ceará, o ex-atleta decidiu se aposentar da carreira

E a condição de ídolo do Palmeiras já é uma realidade.

– Sempre falei que é difícil, estando lá dentro ver. Quando eu saí para o Ceará já tive uma impressão melhor do carinho e respeito que a torcida tem por mim. Hoje eu li que estou na página dos goleiros históricos, mas no dia a dia eu noto esse respeito muito grande. É um sinal de que tem uma admiração especial, no caso a palavra ídolo. Hoje de fora eu vejo com muito mais nitidez o carinho que a torcida tem por mim.

– Pelo tempo de clube, pelas conquistas, acho que vou ser lembrado (como o Fernando Prass do Palmeiras). Até quando eu estava no Ceará, tiravam foto e falavam que era o goleiro do Palmeiras. Fica marcado muito.

Fernando Prass em campo pelo Palmeiras em 2018 — Foto: Felipe Zito

Fernando Prass em campo pelo Palmeiras em 2018 — Foto: Felipe Zito

O Palmeiras venceu por 1 a 0 a primeira final contra o Grêmio, disputada em Porto Alegre. O jogo da volta será neste domingo, às 18h (de Brasília), no Allianz Parque. O Verdão tem a vantagem de poder empatar para ser campeão do torneio nacional.

Veja outros trechos da entrevista de Fernando Prass ao ge:

Ídolo de uma geração de palmeirenses:
– É muito legal. A gente é profissional do futebol, é remunerado, mas tem essa outra remuneração, a emocional, afetiva. Essa não adianta tu exigir, colocar em contrato, isso é uma troca. Eu me sinto muito realizado por isso, muito, muito, muito. Dinheiro se eu investir, montar um negócio, pegar meus negócios lá em Santa Catarina, vou ganhar dinheiro. Mas esse reconhecimento é uma coisa espontânea, e ainda mais em um clube…. Essa retomada foi em cima de conceitos que acredito muito no futebol. Sempre me envolvi com as coisas do clube.

– O Palmeiras se reergueu em cima de uma gestão profissional, que começou com o Paulo (Nobre, ex-presidente). A gente ainda não tem clube empresa no Brasil. Em Portugal já se tem há 20 anos. Você tem o modelo de clube, associação, sem fins lucrativos, mas hoje sabemos que o futebol não é mais uma entidade sem fins lucrativos. O Palmeiras virou protagonista de novo com esse modelo de gestão. Como o Flamengo. Começou com o Paulo, cresceu com a parceria com a Crefisa e segue com o Maurício (Galiotte, atual presidente). Eu fico feliz de ter participado.

Reconstrução do Palmeiras
– 2015 é importante porque é um marco no começo da fase vencedora. Mas, cara, acho que 2014 foi mais importante. Imagina o Palmeiras em um contexto de dois rebaixamentos praticamente seguidos? Acho que seria muito complicado. Olhando o lado positivo, é 2015, mas 2014 foi muito mais decisivo para estar na situação que está.

Imaginava ser protagonista de um título nacional como em 2015?
– Uma decisão por pênaltis, pegando dois ou três, sim. Mas batendo o quinto, acabando com o campeonato, em um time gigante, nunca. Eu não teria escrito um roteiro tão perfeito. Mas dá saudade, né. O que o cara mais sente saudade é essa adrenalina do futebol. Nenhuma profissão vai te dar essa adrenalina que é o futebol.

Fernando Prass, pelo Ceará, enfrentou o Palmeiras no Allianz Parque na Copa do Brasil — Foto: Anderson Lima/Framephoto/Estadão Conteúdo

Fernando Prass, pelo Ceará, enfrentou o Palmeiras no Allianz Parque na Copa do Brasil — Foto: Anderson Lima/Framephoto/Estadão Conteúdo

Trabalho de Abel Ferreira
– O Andrey (Lopes, auxiliar) foi fundamental para não ter essa ruptura muito grande, para o Abel não ter que descobrir tudo por si só. O Andrey foi o alicerce para o Abel ter uma adaptação rápida. Se não tivesse o Andrey ali, é sempre complicado chegar de outro país e conhecer tudo. O Abel está sendo muito mais gestor do que treinador, porque treinar mesmo as equipes, colocar suas ideias, porque sei que ele gosta, ele não tem tanto tempo. Então está sendo mais gestor. As avaliações que eu tenho são muito positivas, tanto na questão técnica e tática, como na questão de comportamento, gestão, trato com as pessoas, mentalidade. Tem alguns atletas que ficaram realmente impressionados com a mentalidade e maneira de ser do Abel.

Título da Libertadores de 2020
– Foi muito legal porque eu vivi sete anos ali, eu entendo como era importante essa conquista da Libertadores. Tanto para os jogadores, como para os funcionários, o clube em geral. Eu fiquei muito feliz pela conquista. Eu nunca tinha passado por um clube que tivesse essa obsessão tão grande por um título. Eu imagino a felicidade e satisfação do trabalho sendo recompensado por um título desse tamanho.

Planos para o futuro
– Com certeza vou ficar trabalhando no futebol. Quando comecei a fazer administração, já era pensando nisso. Pensei em fazer direito, mas minha esposa é advogada. Analisando, pensei que a administração seria um curso que daria uma visão bem global. Eu me vejo trabalhando no futebol sim, mas em qual função ainda não sei. Sou muito curioso. Eu ainda estou no futebol, o que já recebi de pessoas pedindo indicação de jogador desde que parei, convites para participar de projetos de gestão de clubes, dois, três projetos de formação de clubes. Então provavelmente eu vá ficar no meio do futebol. Mas tudo muito recente para definir o que vou fazer precisamente.

Sobre voltar ao Palmeiras em outra função
– Eu sou profissional aposentado, vou buscar me encaixar de novo no futebol. Independente da onde seja. Dentro de campo não me vejo, me vejo mais na função administrativa, de gestão. O Palmeiras é um grande clube, mas não sei se encaixaria ou não, estou por fora. Mas como falei já tive contatos com várias pessoas, em várias situações, e acho que muito em breve eu devo estar mexendo com algum projeto novo.

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Prass com a taça de campeão da Copa do Brasil de 2015 — Foto: Cesar Greco/Ag. Palmeiras

Prass com a taça de campeão da Copa do Brasil de 2015 — Foto: Cesar Greco/Ag. Palmeiras

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Fonte: GE – Globo Esporte.

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