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Governo Doria vê “uso político” da Anvisa em paralisação de testes da CoronaVac

Nesta segunda-feira (9), logo após a Anvisa divulgar a paralisação dos testes da vacina CoronaVac , do laboratório chinês Sinovac e apoiada no Brasil pelo

Governo Doria vê “uso político” da Anvisa em paralisação de testes da CoronaVac
Governo Doria vê “uso político” da Anvisa em paralisação de testes da CoronaVac

Redação Publicado em 10/11/2020, às 00h00 - Atualizado às 10h23


Nesta segunda-feira (9), logo após a Anvisa divulgar a paralisação dos testes da vacina CoronaVac , do laboratório chinês Sinovac e apoiada no Brasil pelo Instituto Butantan, integrantes do governo João Doria questionaram a forma como a informação foi divulgada, principalmente pelo fato de não ter sido comunicada ao próprio instituto paulista.

Segundo informações, a informação gerou estranheza e temor entre os integrantes do governo e aliados de Doria, que temem a possibilidade de a agência reguladora estar sendo utilizada em um ato político , exatamente para dificultar a continuidade dos testes e dar maior visibilidade às outras vacinas avaliadas no Brasil.

A divulgação da paralisação , realizada após a morte de um dos voluntários, ocorreu no mesmo dia em que Doria havia inaugurado as obras da fábrica de vacina no Butantan. A ideia é que o local produza o imunizante em larga escala, não apenas para o estado de São Paulo, tão logo os testes confirmem sua eficácia e a própria Anvisa autorize.

Agora, autoridade de Saúde do estado de São Paulo correm para entender o que de fato ocorreu durante os testes e se realmente algum dos voluntários morreu. Ainda de acordo com a publicação, o diretor do Butantan , Dimas Covas, disse não acreditar que o óbito tenha relação com a vacina.

O novo episódio trouxe preocupação devido ao histórico de confronto entre Doria e Jair Bolsonaro . Crítico ferrenho da vacina chinesa, o presidente chegou a repreender o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, por cogitar a compra do imunizante e não esconde sua preferência pela vacina da desenvolvida pela AstraZeneca em parceira com a Universidade de Oxford

Apesar da paralisação e da posição contrária do Governo Federal, a CoronaVac tem se mostrado eficaz e segura até o momento. O imunizante encontra-se na fase 3 de testes, a última antes da confirmação final, e deve ter sua eficácia estabelecida até o final do mês de novembro.

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iG

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