Quase duas toneladas de abóboras saem todo mês da plantação de Ademir Ralio, em Votuporanga (SP). Para manter a lavoura bonita e produtiva, não pode faltar
Redação Publicado em 26/08/2018, às 00h00 - Atualizado às 11h29
Quase duas toneladas de abóboras saem todo mês da plantação de Ademir Ralio, em Votuporanga (SP). Para manter a lavoura bonita e produtiva, não pode faltar energia, que garante o funcionamento dos aspersores, bomba d’água e das lâmpadas da casa.
O agricultor chegou a gastar até R$ 1 mil com energia elétrica na época de seca. Para deixar a conta mais barata, Ademir investiu em energia solar, que tem ganhado cada vez mais espaço nas cidades e também no campo. Agora, o agricultor garante que paga a conta de energia a cada dois meses e gasta no máximo R$ 90.
As 36 placas fotovoltaicas instaladas fazem parte de um sistema responsável por gerar toda a energia consumida na propriedade. O equipamento instalado neste ano tem sistema conectado na rede elétrica.
O engenheiro elétrico Arley da Silva explica que a energia produzida é consumida de forma instantânea. Caso o consumo seja menor que a produção, o excedente vira crédito de energia para ser usado em outro momento.
Ademir investiu pouco mais R$ 60 mil e fez um financiamento em dez parcelas anuais. Com a economia na conta, a expectativa é que em seis ou sete anos o equipamento seja pago.
Dados da Associação Brasileira de Energia Solar mostram que o meio rural brasileiro atingiu 15,8 megawatts de utilização operacional de energia fotovoltaica. Isso significa que o uso de energia solar cresceu nove vezes em 2017 e já dobrou neste ano.
A energia renovável também ajuda a matar a sede do rebanho de uma fazenda de 100 hectares em Marinópolis (SP). O bebedouro, com capacidade para 23 mil litros, está sempre cheio por causa do sol. Neste caso, o sistema não é conectado à rede elétrica. Três placas são responsáveis por puxar do poço profundo aproximadamente 3 mil litros de água por hora. Em dias ensolarados a máquina trabalha pelo menos 6h.
Do reservatório, a água segue por gravidade pelos canos até chegar aos animais. Foi a solução para um problema que apareceu há quase cinco anos, quando uma estiagem forte deixou o gado sem água.
Milton Carlos Branco, gerente da fazenda, fala que um transformador com energia elétrica iria custar cerca de cem mil reais. Para instalar o gerador a base de energia solar, o investimento foi de R$ 7,2 mil.
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