Diário de São Paulo
Siga-nos

Dodge diz que Constituição deu independência ao MP para defender dignidade humana

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, destacou nesta sexta-feira (30) a importância da Constituição de 1988 para a independência do Ministério

Dodge diz que Constituição deu independência ao MP para defender dignidade humana
Dodge diz que Constituição deu independência ao MP para defender dignidade humana

Redação Publicado em 05/10/2018, às 00h00 - Atualizado às 16h36


Em homenagem aos 30 anos da Carta, procuradora-geral ressaltou trabalho do Ministério Público na proteção dos direitos humanos e no combate ao crime e à corrupção.

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, destacou nesta sexta-feira (30) a importância da Constituição de 1988 para a independência do Ministério Público, órgão que comanda.

Em homenagem aos 30 anos da Carta na sede da Procuradoria Geral da República (PGR), ela disse que o texto ampliou os poderes do órgão para defender valores como a dignidade humana, a liberdade e a competitividade.

“Nós gostamos de dizer que é um novo Ministério Público. O MP criado pela Constituição de 1988 é independente, seus membros têm garantias, não para si próprios, mas para que possamos defender normas da Constituição, como a dignidade humana, a liberdade, a competitividade”, afirmou.

No evento, ela apresentou uma cópia autêntica, produzida pela Câmara dos Deputados, do documento original da Constituição, guardada no Supremo Tribunal Federal (STF).

Dodge disse que, assim como a Suprema Corte, o Ministério Público também se tornou guardião da Constituição. Ressaltou a atuação do órgão na proteção dos direitos humanos e no combate ao crime e à corrupção.

Acrescentou que a Carta hoje também expressa a alma da nação.

“Ao cabo de 30 anos a população entendeu que a Constituição é cidadã porque está ao lado dos cidadãos. Cada um de nós pode invocá-la para garantias de seus próprios direitos”, disse.

Estiveram no evento o presidente do STF, Dias Toffoli, e procuradores da cúpula da PGR.

Toffoli

Em discurso, o ministro enalteceu a criação, pela Constituição, de novas funções ao MP e a execução delas pelo órgão, um “trabalho excepcional”. Ele já havia falado sobre os 30 anos da Carta em sessão no Supremo nesta quinta (4).

Lembrou que antes, no âmbito estadual, o órgão atuava basicamente como titular da ação penal, o responsável pela apresentação de denúncias ao Judiciário contra quem comete crimes. Na União, cabia ao MP cobrar impostos.

Para Toffoli, com a Constituição de 1988, nasceu um novo MP, voltado também para provocar o Judiciário quando direitos, como o de saúde e educação, não eram efetivados.

“Os constituintes tiveram a felicidade de imaginar que não adiantava colocar direitos e garantias, se não tivesse alguém para que não havendo sua efetividade e cumprimento, levasse ao Judiciário. Não adiantaria nada aquilo estar no texto constitucional, se não tivéssemos essa instituição”, disse Toffoli.

“A inteligência foi criar MP que estivesse independência e autonomia. Sai do guarda-chuva do Executivo e vai para o capitulo de função essencial à Justiça”, completou o ministro.

Compartilhe  

últimas notícias