De Cristiano Ronaldo a Jordan: ídolos que, como Tom Brady, encararam ex-times

Após 20 anos com os Patriots, Tom Brady volta à New England neste domingo, às 21h20, para enfrentar o ex-time, pelo qual conquistou 6 Super Bowls

Tom Brady está de volta a New England, mas dessa vez como adversário. O quarterback do Tampa Bay Buccaneers vai entrar, pela primeira vez após 20 anos jogando na equipe, em campo como rival dos Patriots em Foxborough, neste domingo às 21h20.

Brady é o grande nome da história do New England Patriots. Dono de seis títulos de Super Bowl pela franquia, foi o camisa 12 o grande protagonista de uma era em que os Pats saíram de uma equipe sem títulos e com dois vices para o maior campeão da história desde a fusão, ao lado do Pittsburgh Steelers.

E a volta terá direito a momento histórico. O quarterback está a 68 jardas de passe de se tornar o maior da história da NFL no quesito e pode quebrar esse recorde ainda no primeiro quarto. Essa é, basicamente, o único recorde que falta na carreira mais do que vitoriosa do QB.

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Tom Brady — Foto: Mike Ehrmann/Getty Images

A reação da torcida em relação ao ídolo? Difícil prever. Pensando nisso, lembre como outros grandes astros do esporte mundial foram recebidos quando enfrentaram os times do qual eram ídolos:

Festejado, Cristiano Ronaldo faz gol e elimina o United

Antes de assinar com o Real Madrid, em 2009, Cristiano Ronaldo se tornou melhor do mundo e um dos grandes ídolos do Manchester United (clube para o qual ele retornou nesta temporada). Quatro anos depois de ir para a Espanha, os caminhos do gênio português e da equipe inglesa se cruzaram novamente.

Torcedor pede: “Queremos você de volta, Ronaldo, mas não faça gol hoje” — Foto: Neal Simpson – PA Images via Getty Images

Em 2013, Real Madrid e Manchester United se enfrentaram nas oitavas de final da Champions League e CR7 entrou novamente no Old Trafford, dessa vez como rival. A recepção dos torcedores foi com muita feste e direito ao jovem torcedor com um cartaz pedindo para o ídolo “não marcar gols”.

Cristiano Ronaldo não comemora gol contra o Manchester United — Foto: Jasper Juinen/Getty Images

O pedido não foi atendido, e Cristiano anotou o gol da virada do Real Madrid, que garantiu a vitória por 2 x 1 e a classificação para as quartas de final da Liga dos Campeões daquele ano.

Vaias a LeBron em jogo pelo Heat

Torcida dos Cavaliers pega no pé de LeBron em primeiro jogo em Cleveland pelo Heat

LeBron James chegou à NBA como um jovem astro colegial e rapidamente virou uma referência no Cleveland Cavaliers. Justamente por isso, a decisão do jovem astro de deixar a franquia para se juntar a Dwyane Wade e Chris Bosh no Miami Heat foi traumática para os fãs de Cleveland.

A volta à cidade não foi menos problemática. O craque foi recebido com muitos cartazes, ofensas e vaias. Mas isso não abalou LeBron, que anotou 38 pontos e garantiu a vitória por 118 a 90 do time da Flórida sobre a antiga equipe.

Homenagens ao “Rei” na volta com os Lakers

LeBron James é homenageado no primeiro jogo em Cleveland pelos Lakers

Após King James cumprir a promessa, voltar para Cleveland e conquistar um título da NBA, ele deixou novamente Cleveland, dessa vez para fechar com o Los Angeles Lakers. A volta à antiga casa com o time californiano foi bem diferente para o ala.

Bron foi homenageado por praticamente todos os torcedores da arena. Mas o resultado foi o mesmo: vitória dos visitantes por 109 a 105 com direito a lei do ex agindo. Foram 32 pontos e 14 rebotes para o camisa 23.

Jordan é ovacionado em Chicago

Assim como Tom Brady, foram seis títulos com o Chicago Bulls em 13 temporadas antes que Michael Jordan decidisse deixar a franquia, em 1998. Porém, após três anos aposentado, o maior de todos os tempos resolveu voltar a jogar, dessa vez pelo Washington Wizards.

Michael Jordan faz arremesso em seu primeiro jogo em Chicago como visitante — Foto: The Washington Post via Getty Images

Pela nova franquia, Jordan fez a primeira visita a Chicago em 19 de janeiro de 2002. Como não podia ser diferente, o astro recebeu todas as homenagens possíveis dos torcedores dos Bulls. Com 16 pontos e 12 rebotes, ajudou Washington a vencer por 77 a 69.

Homenagem a Jordan em 2003: “Obrigado pelas memórias” — Foto: Jonathan Daniel/Getty Images

Michael ainda jogou mais duas vezes na cidade dos ventos, na temporada seguinte. Na última delas, com a aposentadoria (dessa vez em definitivo) anunciada, os torcedores agradeceram por todos os momentos, o telões exibiram homenagens e dessa vez os Bulls levaram a melhor por 104 a 97. Mike teve somente 11 pontos em seu último jogo no United Center.

Camisas divididas para Peyton Manning em Indianapolis

Primeira escolha geral do draft de 1998 da NFL, Peyton Manning chegou à NFL destinado a ser uma grande estrela. Foi no Indianapolis Colts que cumpriu esse papel primeiro. Foram 13 anos na franquia, com direito a um título de Super Bowl e quatro prêmios de MVP da temporada regular.

Porém uma grave lesão no pescoço interrompeu a genial carreira em Indianapolis. Peyton passou um ano se recuperando e viu o time selecionar Andrew Luck com a primeira escolha no draft.

Após deixar os Colts, recebeu uma oferta do Denver Broncos. Uma oportunidade para terminar de se recuperar e provar que ainda era um dos melhores da NFL. No Colorado, ganhou mais um título e um MVP, e também reencontrou a antiga torcida, em 2013.

Manning foi ovacionado pelos fãs desde o momento em que pisou o gramado do Lucas Oil Stadium. Além dos cartazes e das homenagens no telão, vários torcedores presentes vestiam camisas metade Colts e metade Broncos com o número 18 do quarterback.

“Seja bem-vinda ao seu lar, Peyton 18. Você construiu essa casa” — Foto: John Leyba/The Denver Post via Getty Images

Torcedor usa camisa meio Broncos, meio Colts — Foto: John Leyba/The Denver Post via Getty Images

Em campo, melhor para o time da casa. Indianapolis interrompeu uma sequência de seis triunfos de Denver vencendo por 33 a 39, uma das 3 derrotas de Manning naquela temporada, em que conquistou o MVP, bateu o recorde de passes para touchdown em uma única temporada na história da NFL (55) e levou os Broncos ao Super Bowl. Na decisão, acabou derrotado pelo Seattle Seahawks.

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Globo Esporte