A menina de cinco anos que morreu neste sábado (7), em Araçatuba (SP), depois de ser picada por um escorpião, teria dito aos familiares que uma lagartixa
Redação Publicado em 09/04/2018, às 00h00 - Atualizado às 12h38
A menina de cinco anos que morreu neste sábado (7), em Araçatuba (SP), depois de ser picada por um escorpião, teria dito aos familiares que uma lagartixa havia mordido o pé dela. A menina começou a passar mal e foi internada, mas morreu na Santa Casa.
“Eu a levei no posto do bairro Santana, eles avaliaram e começaram a falar que era escorpião. Ela disse para a gente que era uma lagartixa que tinha mordido o pezinho dela, o médico olhou e disse que a picada era de escorpião”, afirma o tratorista Sérgio Miguel da Silva, pai da menina.
Priscila Claudenícia de Oliveira Silva era filha única e estava na casa da avó quando foi picada. Segundo os pais, a menina demorou a ser socorrida, porque a mulher não viu o animal picando a criança e só pediu ajuda assim que a viu passar mal.
Do posto de saúde, Priscila foi transferida para a Santa Casa. Ela foi medicada, tomou o soro contra o veneno do escorpião, mas não resistiu e morreu na unidade.
Segundo o hospital, a morte da menina foi constatada aproximadamente 17 horas depois de ter dado entrada no hospital.
O corpo foi enterrado neste domingo (8) em um cemitério de Araçatuba. A Prefeitura de Araçatuba disse que a Vigilância Sanitária só vai falar sobre a morte da criança nesta segunda-feira (9).
Neste ano, a Prefeitura de Araçatuba (SP) já registrou 208 acidentes com o escorpião e a população está preocupada por causa dos casos de morte registrados no ano passado.
Em 2017, duas crianças morreram picadas por um escorpião. Samuel de França Souza tinha dois anos e ele teria sido picado próximo a uma caixa de areia da creche onde estudava.
Silvia Cristina Pereira da Silva tinha 4 anos e morreu depois de ter sido picada quando saía de uma igreja no bairro Jardim Paulista.
Na rua onde a Priscila foi picada, os vizinhos estão preocupados e reclamam da sujeira. É possível encontrar mato alto, entulho, poda de árvore e móveis jogados em esquinas.
Este tipo de local se torna esconderijo para os escorpiões que, segundo os moradores, já se tornaram frequentes nas casas.
“Achamos mais de 20 escorpiões dentro de casa, tem um que subiu no meu filho e milagre não ter sido picado”, afirma o auxiliar de almoxarifado Lucas Humberto dos Santos.
Sobre a sujeira, a prefeitura disse que recolhe diariamente o lixo que é descartado em local irregular e que esse serviço custa R$ 2 milhões por ano.
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