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Caso Marinho: presidente do Santos nega erro médico e diz que teve conversas com o Palmeiras

O presidente do Santos, Andres Rueda, negou que houve erro médico no processo de recuperação do atacante Marinho. O jogador deu uma entrevista, na última

Caso Marinho: presidente do Santos nega erro médico e diz que teve conversas com o Palmeiras
Caso Marinho: presidente do Santos nega erro médico e diz que teve conversas com o Palmeiras

Redação Publicado em 09/09/2021, às 00h00 - Atualizado às 14h25


Andres Rueda explica procedimentos e fala sobre propostas pelo atacante

O presidente do Santos, Andres Rueda, negou que houve erro médico no processo de recuperação do atacante Marinho. O jogador deu uma entrevista, na última terça-feira, e criticou a forma como o problema na coxa esquerda foi tratado pelo departamento médico do clube.

O camisa 11 do Santos não atua desde o fim de julho devido a um hematoma na coxa esquerda. Existe a expectativa de que ele volte a ser relacionado para o jogo deste sábado, contra o Bahia, na Vila Belmiro, pelo Campeonato Brasileiro. Rueda explicou o que foi feito pelo departamento médico para recuperar Marinho.

– Ele vinha de uma fibrose, fazia a transição, mas teve um hematoma na coxa esquerda. Hematoma, como é tratado? O primeiro procedimento é fazer uma pulsão, tentar chegar com uma agulha ao lugar com o sangue coagulado. Isso foi feito, procedimento normal, mas não deu o resultado esperado. A coxa não desinchou. Isso acontecendo, com todo apoio da diretoria e equipe médica, o Marinho foi levado para o Einstein em São Paulo, para ser atendido pelo principal médico nesta área – disse o presidente.

– Ele foi avaliado, e o que foi dito? O primeiro procedimento era uma pulsão, mas o volume é alto, então tem que fazer uma drenagem. Drenagem pode fazer em qualquer lugar, mas por ser um ativo importante do clube, ela seria feita em um centro cirúrgico. Essa drenagem é fazer uma abertura, e o dreno puxar o sangue para fora. Isso foi feito, colocado os pontos, e processo de recuperação normal. Fez a fisioterapia que tinha que ser feita, e agora está em um processo de readequação para, quando estiver 100%, ficar a disposição para jogar. O entendimento de que houve erro médico não se aplica nesse caso – emendou Rueda.

Fábio Carille e Andres Rueda durante entrevista coletiva, nesta quinta-feira — Foto: Ivan Storti

Fábio Carille e Andres Rueda durante entrevista coletiva, nesta quinta-feira — Foto: Ivan Storti

O dirigente santista também falou sobre as consultas recebidas pelo atacante. Segundo Marinho, houve propostas de Palmeiras e Atlético-MG. Rueda, porém, negou que tenham ocorrido tratativas com o Galo e confirmou apenas uma conversa com o Palmeiras.

– Você tem conversa, consulta e proposta formal. O clube não teve nenhuma consulta em relação ao Atlético-MG. No caso do Palmeiras, o que houve foi uma troca de conversas. Ele recebeu propostas vindas dos Emirados Árabes, e se essa proposta atendesse ao que o Santos pedia, não íamos atrapalhar a carreira do Marinho. O sonho dele é ir para lá – comentou o presidente do Santos.

Confira outros trechos da entrevista:

Conversa com Marinho

– Nós estivemos o tempo todo do lado do jogador. Ontem (quarta-feira) conversamos numa boa. O Marinho tem uma preocupação enorme, vem sofrendo pressão nas redes sociais, o pessoal não entende às vezes. “Ele não joga, não treina, é chinelinho, que estranho”. E ele se sentiu incomodado com isso. Nós temos um relacionamento muito bom. Teve uma conversa ontem, em que tudo isso foi esclarecido, e ele vai continuar essa transição para ficar disponível para o Carille.

Marinho criou um ambiente desfavorável a ele no vestiário?

– Essa entrevista foi mais um desabafo. Não lembro de ele dizer que gostaria de jogadores que disputassem título. No momento de desabafo, comentou das vendas: “Vendem Veríssimo e Pituca e não me vendem?”. Chegou uma proposta interessante para ele ir para a Arábia Saudita, e nós fomos claros que, se chegasse uma proposta interessante ao Santos, não teria problema algum. Não chegou. Agora, o ambiente, ele é muito querido pelos jogadores e pela torcida, que não entendia os motivos de ele não jogar. Nossa conversa foi muito boa, está esclarecido, rapidinho ele começa a jogar e marcar gols.

União dos clubes contra o Flamengo jogar com público

– Essa situação é mais ou menos um espelho da sociedade. Todo mundo é democrático, desde que a ideia dele seja vencedora. Entre os clubes, se fala muito em união, mas na primeira oportunidade um time começa a atuar dentro do interesse próprio. Isso dificulta muito uma união. Quando você quer juntar entidades, passa, sim, pelo momento de ceder. Foi boa essa atitude do Flamengo, isso gerou uma união dos 19 clubes da Série A. Se uniram e se posicionaram muito bem. Só vai ter público quando 100% dos clubes puderem ter condições de jogar com torcida na sua cidade, caso contrário existe desequilíbrio. Vamos tentar até o final de setembro, começo de outubro, sensibilizar as prefeituras para que liberem. Se isso não acontecer 100%, os jogos serão sem torcida.

Saída de Fernando Diniz

– Uma coisa é o trabalho desenvolvido em cima da equipe. No momento, eu estava contente. Era uma pessoa que gosta de trabalhar, tinha um bom ambiente, mas infelizmente os resultados não aconteceram. Eu tenho uma máxima que já comentei uma vez. Trabalho é igual força vezes deslocamento, não adianta nada fazer força se não deslocar a parede um centímetro, aí o trabalho vira zero. Mas dentro do nosso planejamento, tínhamos uma data em que o resultado precisava aparecer, acreditávamos que era o fim do primeiro turno do Brasileiro. Isso foi analisado, achamos que o resultado estava aquém do que imaginávamos e resolvemos mudar. Muitas vezes, nessa vida, é melhor errar por ação do que omissão. A ação era provocar mudanças, mas não tem nada a ver com forma de trabalho ou crítica ao que vinha sendo feito.

Análise da gestão

– O futebol é um dos pilares em que atuamos no dia a dia do clube. Estamos estruturando desde a nossa base, o profissional, a parte médica, trouxemos dez contratações pontuais dentro das nossas possibilidades. Toda estrutura que podíamos dar ao futebol, estamos dando. Mas futebol é resultado, não agrada ninguém a falta dele. Quando não vem, não adianta enganar torcedor, é obrigação a gente tentar mudar, e é isso que está sendo feito.

Situação financeira e nova arena

– Uma luz no fim do túnel a gente já tem, e não é o trem vindo. É uma luz. Essa parte financeira do clube não vai ser resolvida em dois, três anos, é de longo prazo. Agora temos várias novidades com valores grandes, não imaginam o sacrífico que o clube fez para honrar sua folha de pagamento. A briga é no dia a dia. A receita dos clubes no segundo semestre é baixa, não segura despesa corrente, e temos uma carga de dívida alta, isso é sabido. Agora, cada vez mais vamos equilibrando isso, até a hora de chegar a um nível confortável para fazer investimentos. A arena continua de pé, continuamos com as reuniões. Está para ser assinado a prorrogação da carta de interesse entre Santos e WTorre. Daí para frente é conselho, assembleias, licenças e começar a obra.

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Globo Esporte

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