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Caixa 2 de cervejaria era usado em esquema da Odebrecht

É a história do casamento entre uma cervejaria que sonegava impostos, segundo os delatores, e uma empreiteira que precisava de dinheiro não declarado para

Caixa 2 de cervejaria era usado em esquema da Odebrecht
Caixa 2 de cervejaria era usado em esquema da Odebrecht

Redação Publicado em 17/04/2017, às 00h00 - Atualizado às 00h23


Conheça história do casamento entre cervejaria que sonegava impostos e empreiteira que precisava de dinheiro não declarado para pagar corrupção.

É a história do casamento entre uma cervejaria que sonegava impostos, segundo os delatores, e uma empreiteira que precisava de dinheiro não declarado para corromper políticos. Os delatores contaram que essa união produziu 100 milhões de dólares para pagar propina e caixa dois em campanhas eleitorais. O cupido nessa relação foi o gerente de um banco em Antígua, no Caribe. Foi assim que Walter Farias, dono da Cervejaria Petrópolis, que fabrica a Itaipava, encontrou Benedicto Junior, ex-executivo da Odebrecht. O delator Olívio Rodrigues foi testemunha de como tudo começou.

Em uma fábrica da Itaipava, água, malte e fermento eram transformados em milhões de litros de cerveja. Depois de pronta, a bebida seguia por tubulações até um medidor, que calculava quantos litros de cerveja eram produzidos. Esse medidor era usado também como referência para calcular o valor dos impostos. O delator contou que a cervejaria fez um desvio no duto para escapar do medidor. Assim eram produzidos dois tipos de cerveja: a legal, recolhendo impostos, e a de caixa dois, sem pagar tributos.

TAGS: KLEBER MOREIRA DIRETOR, JORNAL BOM DIA 

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