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Boris Johnson vence moção de desconfiança e não deixa o cargo de primeiro-ministro

Votação do parlamento contra o premiê foi motivada por festas em gabinetes do governo que quebraram regras de lockdown da Covid-19 na Inglaterra.

Boris Johnson vence
Boris Johnson vence

Redação Publicado em 06/06/2022, às 00h00 - Atualizado às 17h51


O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, enfrentou nesta segunda-feira (06) uma votação do parlamento que poderia ter retirado ele do cargo.

O parlamento britânico votou, entre 18h e 20h (de 14h a 16h no horário de Brasília), a chamada moção de desconfiança. A moção é uma consulta se os deputados confiam que o primeiro-ministro tem capacidade para permanecer liderando o governo.

Com 148 votos pedindo sua saída e 211 a favor dele, Johnson permanece como primeiro-ministro e não pode sofrer nova moção pelos próximos 12 meses.

O primeiro-ministro britânico foi contestado no cargo após escândalo envolvendo festas em gabinetes do governo que quebraram regras de lockdown da pandemia da Covid-19na Inglaterra. O caso ficou conhecido como ‘Partygate’.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, enfrentou nesta segunda-feira (06) uma votação do parlamento que poderia ter retirado ele do cargo.

O parlamento britânico votou, entre 18h e 20h (de 14h a 16h no horário de Brasília), a chamada moção de desconfiança. A moção é uma consulta se os deputados confiam que o primeiro-ministro tem capacidade para permanecer liderando o governo.

Com 148 votos pedindo sua saída e 211 a favor dele, Johnson permanece como primeiro-ministro e não pode sofrer nova moção pelos próximos 12 meses.

O primeiro-ministro britânico foi contestado no cargo após escândalo envolvendo festas em gabinetes do governo que quebraram regras de lockdownda pandemia da Covid-19 na Inglaterra. O caso ficou conhecido como ‘Partygate’.

Para permanecer no cargo são necessários 180 votos, o que representa a maioria simples (50% + 1 voto). A votação é secreta.

Quando não alcança a maioria dos votos, o partido declara que não tem confiança no primeiro-ministro e é preciso escolher outro representante.

‘Partygate’

Conhecido como Partygate – em referência ao caso Watergate que derrubou o presidente americano Richard Nixon em 1974–, o escândalo enfurece os britânicos a tal ponto que apenas 27% defendem a permanência premiê no cargo, de acordo com uma pesquisa feita pela YouGov para a Sky News.

Principal assessor de Johnson, Martin Reynolds mandou em maio de 2020 um e-mail para 100 funcionários de Downing Street, convidando-os a aproveitar o clima bom em uma reunião no jardim da residência oficial do governo.

“Por favor, junte-se a nós a partir das 18h e traga sua própria bebida”, dizia Reynolds em sua mensagem, divulgada pela ITV News.

Na época, as visitas eram proibidas e a maior aglomeração limitava-se a duas pessoas ao ar livre, ainda que a uma distância de dois metros.

Cinco dias antes, o casal participou de outra reunião, com queijos e vinhos, no jardim da residência e na companhia de outros funcionários, conforme mostrou uma foto publicada recentemente pelo jornal “The Guardian”.

Os escândalos fizeram o primeiro-ministro perder apoio entre seus correligionários.

Diante do Parlamento, Boris Johnson lamentou o ocorrido: “Quero pedir desculpas. Sei da raiva do povo britânico quando pensam que as regras não são seguidas por aqueles que as estabelecem”.

De acordo com sua versão, ele planejava participar de uma reunião de trabalho no final do dia 20 de maio de 2020, mas descobriu que havia uma centena de funcionários convidados para o evento no jardim de Downing Street, em que cada pessoa podia levar sua própria bebida alcoólica.

O discurso de Johnson não foi convincente o suficiente, ainda mais por este ter sido apenas mais um entre os eventos que ele é suspeito de ter organizado em momentos de proibição.

A polícia britânica emitiu um total de 126 multas por festas realizadas no gabinete do primeiro-ministro. Johnson e sua esposa foram multados em abril por um encontro no gabinete para comemorar o aniversário de 56 anos do primeiro-ministro em junho de 2020.

g1
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