O retorno das exportações da indústria brasileira aos níveis de 2008 traria até R$ 376 bilhões por ano para a economia do país e preservaria 3,07 milhões de
Redação Publicado em 18/11/2020, às 00h00 - Atualizado às 09h42
O retorno das exportações da indústria brasileira aos níveis de 2008 traria até R$ 376 bilhões por ano para a economia do país e preservaria 3,07 milhões de empregos. A estimativa foi feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e será apresentada hoje (18), no Encontro Nacional da Indústria 2020, evento que ocorre de maneira virtual neste ano.
O levantamento considerou os impactos diretos e indiretos, assim como o pagamento de tributos e o aumento da renda, de um eventual aumento nas exportações de manufaturados ao pico, observado no fim da primeira década do século. De 2005 a 2008, o Brasil exportou, em valores totais, 0,8% dos produtos industrializados em todo o planeta. De lá para cá, a participação caiu para 0,6%.
De acordo com a CNI, caso a participação tivesse sido mantida, as exportações industriais subiriam dos atuais US$ 82,2 bilhões por ano para US$ 105,3 bilhões anuais, alta de 28,1%. Segundo a entidade, cada US$ 1 bilhão exportado a mais por ano gera R$ 4,4 bilhões para a economia brasileira – em impactos diretos, indiretos, sobre impostos e sobre renda – e sustentaria 36.004 postos de trabalho.
Para aumentar as exportações da indústria brasileira, a CNI considera necessário maior grau de inserção das empresas brasileiras no mercado internacional. Segundo o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Eduardo Abijaodi, o Brasil precisa combinar a abertura comercial com a reforma tributária, que aumentaria a competitividade dos produtos brasileiros no exterior.
O fortalecimento das medidas de defesa comercial, com a aplicação de retaliações a países que subsidiam exportações, como a China, também é apontado pela entidade como medida necessária. Apenas em 2019, ressalta a CNI, o Brasil importou US$ 5 bilhões em produtos com subsídios condenados pela Organização Mundial do Comércio (OMC).
A CNI também defende a desburocratização do comércio exterior, a redução de barreiras comerciais em terceiros mercados, investimentos em logística e infraestrutura para o comércio internacional e a concessão de financiamentos e de garantias às exportações como medidas complementares para impulsionar a conquista de mercados internacionais pelas indústrias brasileiras. Por causa da pandemia de covid-19, as exportações de manufaturados brasileiros caíram 20% de janeiro a setembro, em relação ao mesmo período de 2019.
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Agência Brasil
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