Arthur Nory defende título e tenta bi inédito para o país no Mundial de ginástica

Campeão da barra fixa em 2019, ginasta volta ao Japão em busca do bicampeonato seguido e de volta por cima três meses depois de ficar fora da final das Olimpíadas

Atual campeão mundial da barra fixa, Arthur Nory começa a defender seu título nesta terça-feira, às 21h20 (de Brasília). Junto com Caio Souza, ele disputa as classificatórias do Mundial de ginástica artística de Kitakyushu, no Japão. Apenas três meses depois de ficar em 12º lugar nas Olimpíadas, o ginasta de 28 anos afasta a poeira do que considerou um baque por não ter ido à final em Tóquio e busca a volta por cima, quem sabe com um bicampeonato mundial.

O SporTV 2 vai transmitir ao vivo as finais do Mundial, e o ge acompanha em tempo real as classificatórias dos brasileiros.

Arthur Nory — Foto: Reuters

Em Kitakyushu, o favoritismo na barra fixa é do japonês Daiki Hashimoto, campeão olímpico em Tóquio. Nory, porém, segue no páreo, com boas chances de ir à final. Se conseguir o bicampeonato vai conseguir um feito inédito para um brasileiro. Nenhum ginasta do país conquistou dois títulos mundiais seguidos. O único bicampeão mundial brasileiro é Diego Hypolito, ouro no solo em 2005 e 2007, mas prata em 2006. Arthur Zanetti e Daiane dos Santos também foram campeões mundiais.

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– Você vem de um ano como campeão mundial, então gera aquela cobrança até minha, pessoal, eu me cobro bastante, eu me cobrei bastante para as Olimpíadas. Era tudo muito novo, então não estava sabendo lidar com o ser atual campeão mundial. Toda a competição é um aprendizado. A gente vai ganhar, a gente vai perder… É manter a cabeça no lugar sempre. Estou treinando muito. Toda a preparação foi bem intensa para poder fazer a minha melhor apresentação – disse o ginasta.

Bronze no solo da Rio 2016, Nory chegou a Tóquio como um dos favoritos ao pódio da barra fixa por ser o atual campeão mundial do aparelho. Ele não escondeu a tristeza ao ver a nota de sua série nos Jogos e perceber que estava fora da final. O ginasta revelou ter passado por depressão e um burnout no caminho até os Jogos. Barreiras que ficaram para trás.

– Voltar aqui para o Japão está sendo incrível, era um objetivo para mim desde depois das Olimpíadas, coloquei na cabeça o Mundial de novo no Japão. Vou voltar, vou treinar, vou fazer de tudo para poder estar aqui. Cheguei, nem acreditei quando estava embarcando. Voltar a terra dos meus antepassados, está bem bacana.

Arthur Nory em ação nas Olimpíadas de Tóquio — Foto: Gaspar Nobrega/ COB

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