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Após papo frustrado com Atlético-MG, Clayson projeta 2019 no Corinthians: “Estou motivado”

Clayson faz planos de apagar a imagem ruim deixada para o torcedor do Corinthians no segundo semestre de 2018, recuperar seu prestígio dentro da equipe e

Após papo frustrado com Atlético-MG, Clayson projeta 2019 no Corinthians: “Estou motivado”
Após papo frustrado com Atlético-MG, Clayson projeta 2019 no Corinthians: “Estou motivado”

Redação Publicado em 27/12/2018, às 00h00 - Atualizado às 09h38


Meia-atacante foi colocado na negociação por Luan, do Galo, mas não houve acordo

Clayson faz planos de apagar a imagem ruim deixada para o torcedor do Corinthians no segundo semestre de 2018, recuperar seu prestígio dentro da equipe e voltar a conquistar títulos.

Envolvido numa negociação que quase o levou ao Atlético-MG nas últimas semanas, o meia-atacante projeta a volta por cima dentro do Timão, onde tem contrato até 31 de dezembro de 2021.

– Na próxima semana tem a reapresentação no Corinthians e minha programação é de voltar com o grupo. Estou motivado para 2019 e, nos últimos dias, inclusive, tenho aproveitado para treinar, para chegar bem e fazer uma boa pré-temporada – declarou o jogador.

Clayson seria envolvido pelo Corinthians numa troca com Luan, do Atlético-MG. Não houve, porém, um acerto salarial entre o empresário de Clayson e o clube de Belo Horizonte. Assim, o negócio parou. Luan ainda negocia com o Timão, mas de forma independente, envolvendo dinheiro.

– Fico contente pelo interesse do Atlético-MG e por ser reconhecido pelo Levir (Culpi), um treinador que já ganhou muita coisa, e de outros clubes também em contar comigo. Mas como sempre conversei com meu empresário e passei aos que me perguntaram, estou muito feliz no Corinthians, tenho contrato e vou seguir as determinações do clube. Com o Fábio Carille vivi meu o melhor momento, aprendi muito com ele, que sempre passou muita confiança – destacou.

Antes das férias,  Clayson relembrou os principais pontos da temporada. Foram três gols, cinco assistências, um título (Paulistão) e um jejum de 28 jogos sem gols ao término da temporada.

Confira os principais trechos da entrevista:

GloboEsporte.com: Qual o seu balanço de 2018?

Clayson: Tivemos um primeiro semestre muito bom, buscamos o título paulista, depois chegamos na final da Copa do Brasil. E oscilamos muito no Brasileirão, conseguindo pelo menos classificar na Sul-Americana. Mas foi um ano positivo por tudo o que aconteceu, pelas trocas de comando e saída de jogadores.

Diferentemente de 2017, o título paulista foi mais sofrido em 2018. O time se reinventou?

A gente saiu os três jogos de mata-mata atrás e tivemos que reverter, contra Bragantino, São Paulo e Palmeiras. Foi um título de superação, conseguimos nos reinventar mesmo, nos adequar ao que a gente tinha e conseguimos o título, que foi importante.

Você foi expulso no primeiro jogo da final contra o Palmeiras por uma confusão com Felipe Melo. Esses jogos são diferentes para você?

Eu gosto de jogo grande, às vezes tenho um temperamento que…Não sei perder. Sou competitivo para caramba, infelizmente me envolvi na confusão e não pude ajudar na final, mas foi um campeonato muito bom, ajudei em todos os jogos possíveis. E o importante foi termos conseguido o título, temos sempre jogadores que entram e dão conta do recado. Foi assim naquela ocasião.

Foram três técnicos diferentes em 2018. O quanto isso atrapalhou?

É difícil, muda um pouco, treinador cada um coloca sua filosofia e a gente tem que se adaptar. Isso demora um pouco, tem que dar tempo. Mas faz parte do futebol, Fábio Carille saiu, Osmar Loss assumiu e depois deu lugar ao Jair Ventura. Tem que acostumar, no futebol isso acontece mesmo.

Em maio você teve de passar por uma cirurgia no joelho direito. Foi marcante?

Foi bastante difícil para mim, a primeira lesão que tive na carreira, nunca tinha feito uma cirurgia nem tido lesão grave. Isso me atrapalhou bastante para retomar, pegar confiança novamente pelas dores, isso atrapalhou muito. Mas acabei o ano 100%.

E enquanto você se recuperava, viveu alguns problemas pessoais, né?

Aconteceu bastante coisa junta no segundo semestre: tive a lesão, teve os problemas com a minha filha (nascimento prematuro e dias na UTI) e a morte da minha sogra. Isso acabou me atrapalhando um pouco no restante do ano, mas terei um 2019 diferente.

Clayson, do Corinthians, posa com a filha nos primeiros meses — Foto: Bianca Nery

Clayson, do Corinthians, posa com a filha nos primeiros meses — Foto: Bianca Nery

O quanto o nascimento da sua filha te mudou como pessoa?

Me ajudou para caramba a criar uma nova responsabilidade dentro e fora de casa. Em campo também, você vai jogar sabendo que tem mais uma pessoa para você correr. Isso motiva muito, foi uma bênção, uma surpresa positiva no meu ano.

Você acabou 2018 num jejum de 28 jogos sem gols. Acabou o ano chateado?

Tive uma oscilação, não pude estar em alto rendimento em todos os jogos como era antes, algumas coisas me atrapalharam bastante, mas quero estar sempre ajudando, fazendo gols e dando assistências. Fico chateado pelo ano, pelo time ter oscilado, todos nós, mas em 2019 será melhor.

A ameaça de rebaixamento no Brasileirão mudou seus hábitos?

Não, nunca deixei de fazer minhas coisas. Até porque não tenho nada a esconder, sempre saí para jantar com a minha família, tranquilo. A pressão no Corinthians sempre vai existir, independente do time estar bem ou mal. Procurei manter minha rotina para a cabeça ficar boa.

O fim do ciclo de Danilo e Sheik te inspira a querer virar um ídolo no clube?

A gente sonha, mas sabe que não é fácil. Foram jogadores multicampeões no Corinthians, ganharam praticamente tudo, fizeram uma história linda. Sei que é difícil, mas a gente trabalha para isso, espero conquistar mais títulos no Corinthians e me tornar um ídolo como eles.

Um 2019 perfeito seria como?

Quero fazer um ano bom novamente, voltar a atuar em alto nível, com gols e buscar mais títulos.

O ano sem Libertadores desmotiva?

Não, a gente queria jogar, mas infelizmente não vamos. É buscar jogar a edição de 2020.

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