ONU

Lula pretende acelerar proposta de reforma na ONU após ataque do Irã

Presidente pretende discutir a reformulação da organização durante o encontro do G20 em novembro, no Rio de Janeiro

Lula pretende acelerar proposta de reforma na ONU após ataque do Irã - Imagem: Reprodução / PR / Ricardo Stuckert

William Oliveira Publicado em 02/10/2024, às 12h56

Durante a próxima reunião do G20, agendada para novembro no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende trabalhar em prol de um entendimento abrangente. A meta é elaborar um documento com diretrizes claras e objetivas para a reformulação da ONU, com implementação prevista para 2025.

Entre as propostas defendidas, está a inclusão de países como Brasil, Japão e África do Sul no Conselho de Segurança, atualmente composto por Estados Unidos, China, Rússia, Reino Unido e França.

Na última terça-feira (1), Lula declarou ser "inexplicável" a falta de autoridade do Conselho de Segurança para persuadir Israel a negociar sobre a intensificação da guerra no Oriente Médio. O Brasil observa com preocupação a participação do Irã no conflito, embora não se espere uma intervenção direta da Rússia.

Desde o início da guerra na Ucrânia, a Rússia tem estreitado suas relações com o Irã, importando armamentos de Teerã. No entanto, o governo brasileiro avalia que esse conflito dificulta tanto o fornecimento de armas pela Rússia quanto a situação da Ucrânia, que pode enfrentar uma redução no apoio dos Estados Unidos.

A expectativa é que o presidente russo Vladimir Putin continue criticando os EUA sem se envolver diretamente no conflito no Oriente Médio. Isso se deve ao fato de que a Rússia está atualmente engajada em outra guerra, enfrentando dificuldades significativas para obter sucesso.

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