O policial se apresentou à delegacia da corporação na última segunda-feira (5), em São Paulo
Mateus Omena Publicado em 06/06/2023, às 15h35
Danilo Campetti, ex-assessor do governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos), foi reintegrado à Polícia Federal (PF), após um embate entre o ex- presidente Lula (PT) e o governo de São Paulo.
Ele era um dos funcionários mais próximos ao governador do estado e retomou, recentemente, suas atividades na corporação policial.
Na última segunda-feira (5), o policial se apresentou na delegacia da PF em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, e pode ser transferido para outra região do País, informou a TV Globo.
O Ministro da Justiça, Flávio Dino, exigiu a reintegração de Danilo Campetti ao quadro funcional da Polícia Federal. Durante o pedido, o policial ainda atuava como assessor especial do governador de São Paulo, Tarcísio.
De acordo com o Estadão, oficialmente, o retorno de Campetti à corporação foi pedido por uma suposta falta de efetivo, por causa da criação de novas diretorias na PF.
No entanto, fontes próximas a Tarcísio apontam que a iniciativa consistiu em uma tentativa de vingança pessoal de Lula contra o governador.
O suposto ressentimento se deriva pelo fato de que Campetti participou da condução coercitiva e da prisão do atual presidente, além de escoltar o petista quando ele teve liberdade provisória concedida para ir ao velório do neto.
O agente, que foi candidato a deputado estadual em São Paulo, é apoiador declarado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e, durante a campanha, divulgou sua participação na prisão de Lula. Ele teve funções no ministério da Agricultura do ex-governo e foi um dos agentes que o socorreu o ex-presidente após a facada em Juiz de Fora (MG).
Campetti estava cedido pela PF ao governo paulista desde o começo do ano, para trabalhar na Secretaria da Casa Civil.