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FRAUDE NO MEC

PF identifica esquema de compra no MEC

Funcionário do MEC é investigado pela PF em esquema de fraude na compra de kits de robótica para escolas de Alagoas

PF identifica esquema de compra no MEC. - Imagem: Divulgação / PF
PF identifica esquema de compra no MEC. - Imagem: Divulgação / PF

Marina Roveda Publicado em 03/06/2023, às 14h33


A Polícia Federalidentificou Alexsander Moreira, ex-funcionário do Ministério da Educação (MEC), como um dos suspeitos de envolvimento em um suposto esquema de fraude na aquisição de kits de robótica destinados às escolas de Alagoas. A informação foi revelada inicialmente pela Folha de São Paulo e posteriormente confirmada pelo Metrópoles.

Na última quinta-feira (1°/6), a PF cumpriu mandados de prisão e busca e apreensão contra os investigados no caso, tendo Alexsander Moreira como um dos alvos. Além disso, aliados do atual presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), também foram investigados na operação.

Durante a gestão de Jair Bolsonaro, Alexsander Moreira ocupava o cargo de coordenador-geral de Apoio às Redes e Infraestrutura Educacional no MEC, área responsável pelo sistema de transferência de recursos que financiaram a compra dos kits. Ele foi exonerado do cargo na mesma quinta-feira em que ocorreu a operação da PF.

As investigações revelaram movimentações financeiras suspeitas no valor de R$ 737 mil, sendo parte desse montante depositada em espécie, entre outubro de 2021 e novembro de 2022. As suspeitas surgiram nos municípios de Alagoas, onde todas as aquisições foram feitas por meio da mesma empresa, a Megalic, que é vinculada a aliados de Arthur Lira.

De acordo com a Controladoria-Geral da União (CGU), as fraudes e o superfaturamento causaram um prejuízo aos cofres públicos no valor de R$ 8,1 milhões, além de envolverem um sobrepreço que pode chegar a R$ 19,8 milhões, com base nas despesas analisadas até o momento. Durante a operação, os policiais encontraram R$ 4 milhões em dinheiro que estavam guardados em um cofre pertencente a um dos suspeitos em Alagoas.

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