O episódio aconteceu na última sexta-feira (6)
Mateus Omena Publicado em 07/01/2023, às 14h48
Um homem que participava de uma carreata de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi flagrado agredindo duas mulheres.
O episódio aconteceu na tarde de sexta-feira (6), no bairro de Higienópolis, centro da cidade de São Paulo.
A identidade do criminoso ainda não foi revelada. Ele fugiu mesmo com a presença de policiais militares no local. A cena da agressão foi gravada por câmeras de segurança e feitas por celulares de testemunhas.
Entre as vítimas estava a analista de Recursos Humanos, Debora Alba, de 39 anos, que foi empurrada pelo agressor. Em entrevista à CNN, ela explicou que voltava de um supermercado, quando viu o homem descer do carro e partir para cima da jornalista Clélia Cardim, de 73 anos.
“Estava voltando do mercado, quando percebi uma senhora, minha vizinha de prédio que estava com a bandeira do Lula protestando da maneira dela. Quando eu a vi, quatro pessoas desceram do carro para agredi-la e para tirar a bandeira dela”.
Nas imagens, Débora se aproxima da confusão para ajudar a senhora que estava sendo agredida pelo bolsonarista. Em seguida, o homem parte para cima dela e retira um item do bolso para agredi-la. No entanto, ela afirmou que conseguiu proteger o rosto.
“Corri para ajudar porque poderia acontecer uma tragédia. Eu pensei o pior. A gente pode esperar tudo deles. E de fato ele estava com alguma coisa na mão”..
Durante a ação violenta dos bolsonaristas, uma viatura da Polícia Militar chegou após a agressão do suspeito contra as mulheres. Segundo Débora, os policiais quiseram colocar o marido dela na viatura, mas não tomaram nenhuma providência no sentido de repreender os agressores. “Os policiais escoltam ele até o carro. Colocam no carro e falam para ele ir embora”, relata.
Em seu depoimento, Clélia Cardim contou que foi surpreendida pelos ataques do apoiador de Bolsonaro. Nas imagens, ela também aparece agitando uma bandeira do presidente Lula, quando foi abordada pelos bolsonaristas que tentaram arrancar o objeto das mãos dela.
“Eu estava sozinha. Do outro lado tinha uns caras gritando Lula. Enfim.”, disse.
Em nota, a PM afirmou que houve um chamado para o endereço onde havia uma manifestação e que “ aparentemente alguém foi agredido, mas nenhum caso de agressão foi registrado”.