Perícia descobriu causa da morte
Gabrielly Bento Publicado em 19/12/2023, às 15h50
A causa da morte de Celso Adão Portella, homem que foi encontrado morto em uma geladeira após 7 anos em Sergipe, foi um traumatismo craniano causado por uma queda da própria altura, segundo o Instituto Médico Legal (IML).
"A queda gerou uma fissura no osso frontal e consequente hematoma subdural intracraniano. Esse hematoma gera o 'intervalo lúcido', em que a pessoa não morre no momento da queda. Há um espaço de tempo variável entre 30 e 50 minutos em que a pessoa permanece viva e só então vem a falecer", explicou Victor Barros, diretor do IML.
"A vítima era uma pessoa de mobilidade reduzida e portadora de artrose. Então nós acreditamos que a queda se deu em decorrência de um acidente. Não acreditamos em uma queda provocada, embora a autoridade policial possa indicar outra vertente", disse Barros, afirmando que a queda pode ter sido acidental.
De acordo com o UOL, o cadáver de Portella foi encontrado em setembro de 2023, durante uma reintegração de posse em Aracaju. Ele estava em uma mala - que estava em uma geladeira - em estado avançado de decomposição.
Uma mulher de 37 anos foi indiciada por ocultação de cadáver e maus-tratos. Ela era técnica de enfermagem e ex-mulher de Portella e morava na casa onde o corpo foi encontrado.
Ao prestar depoimento às autoridades policiais, a acusada negou qualquer participação na morte de Celso, alegando ter mantido o corpo por medo de ser culpada. Aos agentes, ela também declarou que mantinha um relacionamento amoroso com a vítima.
A polícia afirma a inexistência de desmembramento ou esquartejamento. Nesse sentido, sugere-se que a possibilidade dela ter recorrido a procedimento químico para a preservação do corpo durante os anos.