A mulher dificultou a ação e não queria permitir a entrada de ninguém
Vitória Tedeschi Publicado em 20/07/2022, às 18h19
Na tarde desta quarta-feira (20), a Polícia Civil entrou na casa abandonada, do caso de A mulher da Casa Abandonada, e está cumprindo um mandado de busca e apreensão.
O objetivo da ação policial foi confirmar se alguém ainda vivia na casa, que está caindo aos pedaços e, segundo a polícia, é inabitável. Além disso, a ativista Luísa Mell acompanhou a polícia, a fim de resgatar os animais que viviam ali em situação insalubre.
Ela fez uma transmissão ao vivo no Instagram e mostrou a resistência de Margarida Bonetti, “A Mulher da Casa Abandonada”. Ela não queria entregar os animais de jeito nenhum e foi bastante agressiva.
A propriedade ficou famosa ao ser retratada no podcast “A Mulher da Casa Abandonada”, criado por Chico Felitti para a Folha de S. Paulo. O podcast teve mas de sete milhões de downloads e transformou a casa decrépita em ponto turístico paulista.
Luísa Mell ainda cita que a polícia suspeita de haver outra pessoa sendo escravizada no local, o que justificaria a maneira com que Margarida proibe a entrada de qualquer pessoa em sua residência. No entanto, segundo o delegado Luís Carlos Zaparolli, dentro da casa havia entulho, restos de comida e lixo. Um cachorro assustado estava na cozinha e, por fim, conseguiu ser resgatado.
De acordo com o delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Oswaldo Nico, não há mandado de prisão conta Margarida porque o crime prescreveu.
"É um trabalho até social, não estamos com o mandado de prisão, o mandado dela está prescrito, estamos em um mandado de busca porque [...] ela está lá com esse lixo todo, convivendo, tem animais na casa, ou seja é um problema social. Vamos procurar ajuda médica para tentar uma condição melhor para ela, tentar ver algum parente, alguma coisa, é uma questão mais social do que policial", disse Nico à Band durante a operação.