A beatificação aconteceu neste sábado (10) em Barbacena
Jessica Anjos Publicado em 11/12/2022, às 23h36
Papa Francisco fez um discurso aos fiéis na Praça de São Pedro, no Vaticano, na manhã deste domingo (11).
Durante sua fala, o pontífice comentou sobre a beatificação de Isabel Cristina Mrad Campos, mineira que foi assassinada de maneira brutal aos 20 anos de idade em 1982. O crime aconteceu na cidade de Juiz de Fora. Após explicar sobre o feito, o Papa pediu aplausos a nova beata brasileira.
De acordo com Papa Francisco, a cerimônia para reconhecer a nova beata aconteceu no último sábado (10), em Barbacena. O cardeal Raymundo Damasceno Assis, arcebispo emérito de Aparecida, foi quem presidiu o evento.
"Ontem, em Barbacena, foi beatificada Isabel Cristina Mrad Campos. Esta jovem mulher foi morta em 1982, aos 20 anos de idade, em ódio à fé, por ter defendido sua dignidade como mulher e o valor da castidade. Que seu exemplo heróico inspire especialmente os jovens a darem testemunho generoso de sua fé e de sua adesão ao Evangelho. Um aplauso à nova Beata!", pediu o Papa durante seu discurso. Assista:
Isabel Cristina Mrad Campos nasceu em 29 de julho de 1962, em Barbacena. A brasileira era filha de José Mendes Campos e Helena Mrad Campos, ela se mudou para Juiz de Fora no ano de seu assassinato, em 1982, com o objetivo de fazer um curso pré-vestibular para medicina.
Em 1˚ de setembro de 1982, um homem tentou violentá-la após entrar em seu apartamento para montar um guarda-roupa - ele tinha sido contratado para este serviço. Isabel lutou contra o rapaz e tentou resistir ao estupro, por isso foi morta com 15 facadas, aos 20 anos.
De acordo com o G1, a Arquidiocese de Mariana afirmou que Isabel tinha uma vida como qualquer outra jovem, estudava, namorava, frequentava festas, porém mantinha uma rotina de oração e se dedicava aos serviços da Igreja Católica. O sonho da jovem era chegar a pediatria e cuidar de crianças carentes.
Um grupo de pessoas entrou com o pedido do processo de beatificação da mineira pensando na forma como foi morta, mas principalmente na sua dedicação ao catolicismo.