Polêmica

Jogadoras da Espanha pedem a demissão de técnico e relatam lesões; saiba o motivo

15 atletas querem a saída do atual treinador da seleção, mas federação quer mantê-lo

As jogadoras ameaçaram não jogar mais pela seleção - Imagem: reprodução/Twitter @brfootball

Thais Bueno Publicado em 23/09/2022, às 18h51

Quinze jogadoras da seleção feminina da Espanha pediram a saída do atual técnico Jorge Vilda. Elas teriam enviado um e-mail para a Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) cobrando a destituição do treinador.

O movimento parece ser tão forte entre as atletas que, de acordo com o periódico espanhol “As”, caso suas demandas não sejam realizadas pela RFEF, ameaçaram não jogar mais pelo país.

Jorge Vilda, técnico da seleção feminina da Espanha. Imagem: reprodução/Twitter @Sp0rtsmedia

No entanto, a federação não se intimidou e demonstrou publicamente todo o apoio ao treinador - muito contestado pelos resultados ruins com a seleção espanhola feminina.

As espanholas que teriam feito parte do protesto são: Ainhoa Vicente, Patri Guijarro, Lucía Garcia, Leila Ouahabi, María León, Claudia Pina, Laia Aleixandre, Ona Batlle, Andrea Pereira, Aitana Bonmatí, Sandra Paños, Amaiur Sarriegi, Lola Gallardo, Nerea Izaguirre, e Mariona Caldentey.

O e-mail foi enviado por cada uma das jogadoras ao presidente da RFEF, Luis Rubiales, na última quinta-feira (22).

Ainda segundo o “As”, o corpo do texto era exatamente igual e as atletas teriam dito que estavam lesionadas - tudo para não serem chamadas por Vilda na próxima convocação, para os jogos de outubro.

"A RFEF não vai permitir que as jogadoras questionem a continuidade do treinador e de sua comissão técnica, pois tomar essas decisão não está dentro de suas responsabilidades. A Federação não vai permitir nenhum tipo de pressão por parte de nenhuma jogadora na hora de tomar medidas no âmbito esportivo".

A federação ainda achou uma maneira de cutucar as quinze atletas, afirmando que só farão parte das convocações as espanholas que estiverem interessadas em representar a seleção.

“De acordo com a legislação espanhola vigente, não responder a uma convocação da seleção é classificado como infração muito grave e pode acarretar em sanções de dois a cinco anos de suspensão. (...) Direto ao ponto, (a Federação) não convocará jogadoras que não desejam vestir a camisa da Espanha. A Federação contará unicamente com jogadoras comprometidas, ainda que tenha de jogar com juvenis”.

De acordo com rumores da imprensa da Espanha, o clima no vestiário da seleção já não estava muito bom.

Alexia Putellas, capitã da equipe, juntamente com Aitana Bonmatí e Irene Paredes, teriam pedido a demissão do técnico no final de agosto, o que gerou uma divisão nas atletas: as que possuem a mesma opinião e as que não queriam se posicionar por medo de possíveis consequências. 

Algumas jogadoras se manifestaram sobre o assunto na tarde de hoje (23), publicando exatamente o mesmo texto, mais uma vez:

pic.twitter.com/OwKIr3tWt3

— Alexia Putellas (@alexiaputellas) September 23, 2022

Apesar de ter um elenco qualificado, com Jorge Vilda no comando há sete anos, a Espanha não conquistou nenhum título no futebol feminino.

A seleção feminina espanhola volta a campo no dia 7 de outubro contra a Suécia, e ainda fará mais um amistoso depois, no dia 11, contra os Estados Unidos.

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