PIB

Governo espera desaceleração do crescimento econômico em 2024, prevendo PIB de 2,5%

SPE do Ministério da Fazenda prevê crescimento da inflação em 3,7% para 2024

Governo espera desaceleração do crescimento econômico em 2024, prevendo PIB de 2,5% - Imagem: Reprodução / Freepik

Gabriela Thier Publicado em 16/05/2024, às 16h10

A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda revisou para cima suas projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, passando de 2,2% para 2,5%. Ao mesmo tempo, elevou a estimativa para a inflação deste ano de 3,5% para 3,7%.

Essa nova previsão não inclui o impacto financeiro da tragédia das enchentes e inundações no Rio Grande do Sul, já que, segundo a Fazenda, isso depende de eventos futuros.

No que diz respeito ao PIB, o governo espera uma desaceleração no ritmo de crescimento da economia brasileira, uma vez que o resultado oficial do período será divulgado em 4 de junho pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2023, os dados oficiais do IBGE mostraram um crescimento de 2,9% em comparação com o ano anterior.

A projeção do governo segue acima da estimativa do mercado financeiro, que prevê um crescimento de 2,09% para este ano, conforme coletado pelo Banco Central no boletim Focus. O Banco Central, por sua vez, estima um crescimento da economia da ordem de 1,9% em 2024, conforme divulgado em seu relatório de inflação.

Quanto à inflação, a Fazenda piorou sua estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2024, de 3,5% para 3,7%. Esse aumento nas estimativas é atribuído aos efeitos da depreciação cambial recente nos preços livres e aos impactos das fortes chuvas no Rio Grande do Sul na oferta e nos preços de produtos como arroz, carnes e aves.

A meta central de inflação é de 3% neste ano, e o mercado financeiro estimou na semana passada que o IPCA somará 3,76% em 2024. Para 2025, a equipe econômica espera uma inflação de 3,20%, com a meta central também definida em 3%, podendo ser cumprida se ficar entre 1,5% e 4,5%.

O Banco Central, por meio da taxa básica de juros, é o principal instrumento para conter a inflação, atualmente em 10,5% ao ano após sete quedas consecutivas.

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