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Adolescente suspeito de matar a tiros dois colegas sofria bullying, diz estudante

Filho de policiais militares, o adolescente de 14 anos suspeito de matar dois estudantes sofria bullying, segundo contou ao G1 um colega do Colégio Goyases,

Adolescente suspeito de matar a tiros dois colegas sofria bullying, diz estudante
Adolescente suspeito de matar a tiros dois colegas sofria bullying, diz estudante

Redação Publicado em 20/10/2017, às 00h00 - Atualizado às 18h37


Filho de policiais militares, o adolescente de 14 anos suspeito de matar dois estudantes sofria bullying, segundo contou ao G1 um colega do Colégio Goyases, escola particular de ensino infantil e fundamental onde o tiroteio aconteceu, em Goiânia. De acordo com o Corpo de Bombeiros, outros quatro alunos ficaram feridos.

“Ele sofria bullying, o pessoal chamava ele de fedorento pois não usa desodorante. No intervalo da aula, ele sacou a arma da mochila e começou a atirar. Ele não escolheu alvo. Aí todo mundo saiu correndo”, revelou o aluno.

Outra colega do 8º ano do ensino fundamental contou que o colega já tinha feito ameaças.

“Ele lia livros satânicos, falava que ia matar alguns dos colegas. Um dos garotos que foi morto falava que ele fedia e chegou a levar um desodorante para a sala”, contou.

Ela relatou que, quando ouviu o primeiro disparo, não imaginou que fosse um tiro. “Pensei que eram balões estourando porque amanhã seria nossa feira de ciências. Depois, ouvimos o barulho novamente e alguém gritou ‘é tiro’. Aí começou o desespero”, contou.

Outra estudante disse à TV Anhanguera que ficou em pânico. Ela contou que todos saíram correndo da sala.

“Ele saiu dando tiro em todo mundo da sala. Eu segurei na mão da minha amiga e fui até a polícia. Não sabia o que fazer”, relatou .

Arma de uso da polícia

O tiroteio aconteceu durante o intervalo da quinta para a sexta aula, na sala do 8º ano, por volta do meio-dia. O coronel da Polícia Militar Anésio Barbosa da Cruz informou que o adolescente atirou com uma pistola de calibre .40, usada pela corporação. Será feita uma perícia para saber de quem era arma.

De acordo com a PM, assim que o atirador descarregou o cartucho, ele tentou recarregar a arma. Porém, o estudante foi contido por uma coordenadora e por colegas.

João Pedro Calembo morre em ataque em escola de Goiânia, Goiás (Foto: Reprodução/ TV Anhanguera)

João Pedro Calembo morre em ataque em escola de Goiânia, Goiás (Foto: Reprodução/ TV Anhanguera)

Vítimas

Os estudantes João Vitor Gomes e João Pedro Calembo, cujas idades ainda não foram divulgadas, morreram no local. O Instituto Médico Legal (IML) informou ao G1 que, até as 15h, os corpos dos dois estudantes não tinham sido identificados e seguiam na escola.

Já outros quatro alunos – três meninas e um menino – ficaram feridos e foram socorridos. Três deles estão no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) e um foi levado ao Hospital de Acidentados.

  • Hyago Marques – 13 anos – Foi atingido no tórax com menor gravidade e não precisou passar por cirurgia. Ele respira normalmente, está acordado, conversando e internado na enfermaria.
  • Isadora de Morais – idade não confirmada: Internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hugo. Ela levou um tiro no tórax que perfurou o pulmão, passou por uma cirurgia para drenagem do tórax e está em estado grave, na UTI e respirando com ajuda de aparelhos. Ela ainda corre risco de morte.
  • Lara Fleury Borges – idade não confirmada – Está internada na enfermaria do Hospital dos Acidentados em estado estável e repirando espontaneamente.
  • Marcela Rocha Macedo – 13 anos – Ela também foi baleada no tórax, teve o pulmão esquerdo perfurado, passou por cirurgia e está internada na enfermaria. Paciente está consciente e respirando sem aparelhos
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